ATA DA VIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM   19-4-2007.

 


Aos dezenove dias do mês de abril do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Newton Braga Rosa. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido de Informação nº 058/07 (Processo nº 2154/07) e, conjuntamente com os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Márcio Bins Ely e Newton Braga Rosa, o Pedido de Providência nº 761/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 709, 749, 750 e 751/07; pelo Vereador Dr. Raul, os Pedidos de Providência nos 752, 753 e 754/07; pelo Vereador Elias Vidal, o Pedido de Providência nº 760/07; pelo Vereador Elói Guimarães, o Pedido de Providência nº 742/07; pelo Vereador Guilherme Barbosa, o Pedido de Informação nº 057/07 (Processo nº 2148/07); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 707 e 708/07; pelo Vereador Luiz Braz, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/07 (Processo nº 1446/07); pela Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Informação nº 056/07 (Processo nº 2146/07); pela Vereadora Maria Celeste, o Pedido de Informação nº 059/07 (Processo nº 2191/07); pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 755, 756, 757, 758 e 759/07 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 026/07 (Processo nº 1248/07); pela Vereadora Maristela Maffei, os Pedidos de Providência nos 710, 747 e 748/07; pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de Providência nos 711, 712, 713, 714, 715, 716, 717, 718, 719, 720, 721, 722, 723, 724, 725, 726, 727, 728, 729, 730, 731, 732, 733, 734, 735, 736, 737, 738, 739, 740, 741, 745 e 746/07; pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos de Providência nos 743, 744, 762 e 763/07. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1044, 5093 e 15213/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Após, a Senhora Presidenta registrou as presenças do Senhor Giovani Travi e da Senhora Rosane da Cruz Ferreira, respectivamente Presidente do Conselho Consultivo do Instituto Ver. Hesíodo Andrade e Presidenta da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Giovani Travi, que avaliou o Projeto de Lei do Legislativo nº 072/05, de autoria do Vereador Aldacir Oliboni, atinente à realização de exame conhecido como “Teste do Olhinho”, para verificação de catarata e glaucoma congênitos nos recém-nascidos em maternidades e hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde em Porto Alegre. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Dr. Goulart, João Antonio Dib, Aldacir Oliboni, Ervino Besson e José Ismael Heinen manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Raul saudou a presença do Senhor Giovani Travi, enfatizando a importância do “Teste do Olhinho” para recém-nascidos, como ação capaz de garantir o diagnóstico precoce e prevenir seqüelas visuais sérias que, descobertas mais tarde, ofereceriam dificuldades para tratamento e cura. Além disso, parabenizou o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre pelo transcurso, hoje, dos sessenta e três anos dessa instituição. Às quatorze horas e cinqüenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e três minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Ervino Besson discorreu sobre o XX Fórum da Liberdade, ocorrido nos dias dezesseis e dezessete de abril do corrente, em Porto Alegre. No referente ao assunto, leu trechos de palestra proferida pelo Senhor Paulo Uebel, Presidente do Instituto de Estudos Empresariais, em que é questionado o tratamento concedido pelos órgãos governamentais aos produtores da área rural e é criticada a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A Vereadora Margarete Moraes contestou o pronunciamento de hoje do Vereador Ervino Besson, em Grande Expediente, acerca do XX Fórum da Liberdade, defendendo a implantação de um sistema de produção agrária embasado na pequena propriedade e na função social da posse e uso da terra. Ainda, registrou a passagem, ontem, do Dia Nacional da Literatura Infantil, citando iniciativas de entidades públicas e privadas para incentivo da leitura e formação de bibliotecas comunitárias. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell registrou que, neste momento, os municipários de Porto Alegre estão reunidos em assembléia geral com o objetivo de definir os eixos da campanha salarial para o corrente ano. Também, declarando que esses servidores não estão sendo devidamente valorizados e convivem, inclusive, com situações de assédio moral no ambiente de trabalho, protestou contra o pagamento de horas-extras a funcionários públicos contratados como Cargos em Comissão. O Vereador Elói Guimarães agradeceu homenagem recebida por Sua Excelência em solenidade ocorrida no Comando Militar do Sul, quando foi agraciado com a promoção à categoria de Cavaleiro da Ordem do Mérito Militar. Igualmente, comentou a realização, por este Legislativo, no dia dezessete de abril do corrente, de Sessão Solene para comemorar o Dia do Exército Brasileiro e registrou o transcurso, hoje, do Dia do Índio e da data de nascimento do ex-Presidente Getúlio Vargas. O Vereador Aldacir Oliboni abordou a falta de recursos humanos e materiais com que se deparam os trabalhadores que atuam no setor de saúde pública, destacando deficiências estruturais e de manutenção atualmente existentes na Unidade Básica de Saúde São José. Ainda, referiu-se ao transcurso dos sessenta e três anos do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e considerou como insatisfatória a gestão do Senhor Pedro Gus à frente da Secretaria Municipal de Saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen saudou o transcurso, hoje, do Dia do Índio, do Dia do Exército Brasileiro e do aniversário do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Também, avaliou atividades nas áreas de saúde e assistência social empreendidas pelos militares no País, mencionando pesquisa promovida pelo programa Polêmica, da rádio Gaúcha AM, segundo a qual as Forças Armadas foram escolhidas como a mais confiável das instituições brasileiras. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Bernardino Vendruscolo registrou sua satisfação pelo recebimento, juntamente com o Vereador Elói Guimarães, da distinção da Ordem do Mérito Militar. Além disso, comentou o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 030/06, aprovado por esta Casa, que altera a legislação relativa ao Imposto sobre a Transmissão “inter-vivos”, afirmando que o parcelamento desse tributo acarreta incremento considerável na arrecadação do Município. O Vereador Ervino Besson classificou como justa a homenagem efetuada pelo Exército Brasileiro aos Vereadores Bernardino Vendruscolo e Elói Guimarães. Ainda, contestou críticas ao Governo Municipal, apresentadas nesta Sessão pelo Vereador Adeli Sell, em Comunicações, e relatou problemas enfrentados pela Escola Estadual de Ensino Médio Alberto Torres, propugnando por mais diálogo entre diretores de escolas públicas e a Senhora Mariza Abreu, Secretária Estadual da Educação. O Vereador João Antonio Dib teceu considerações acerca do transcurso dos sessenta e três anos de fundação do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, sublinhando que a qualidade dos serviços ali prestados é reconhecida nacional e internacionalmente. Nesse sentido, leu trechos de relatório elaborado na gestão do ex-Prefeito José Loureiro da Silva, quando da implantação desse Hospital, relativo ao atendimento médico de urgência oferecido à população na década de mil novecentos e quarenta. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo no 018/07, discutido pelos Vereadores Professor Garcia e João Antonio Dib, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/07, discutido pelos Vereadores Professor Garcia, João Antonio Dib, Newton Braga Rosa e João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Executivo nº 008/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Newton Braga Rosa, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/07, discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 021, 022, 032, 033 e 034/07, o Substitutivo nº 01, aposto ao Projeto de Lei do Legislativo no 163/04, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nilo Santos elogiou a Secretaria Municipal de Obras e Viação, mencionando a pavimentação de ruas e avenidas no Centro e explicando que já foram adotadas as medidas necessárias para garantir a segurança na Rua Padre Chagas, onde caiu parte de uma fachada no dia quatorze de abril do corrente. Também, comentou pronunciamento do Vereador Adeli Sell, acerca do pagamento de horas-extras a funcionários que trabalham em Cargos de Confiança na Prefeitura. A Vereadora Neuza Canabarro narrou a visita da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude ao Instituto de Educação General Flores da Cunha, lembrando que o prédio desse estabelecimento apresenta deficiências em sua manutenção, apesar de ter sido tombado como patrimônio histórico do Rio Grande do Sul. Em relação ao assunto, opinou que esse problema ocorre por falhas na administração desse Instituto e manifestou a sua preocupação com as condições de atendimento aos que lá estudam. A Vereadora Maristela Maffei lembrou que o trabalho dos Senhores Vereadores é tão importante dentro quanto fora da Câmara Municipal de Porto Alegre, inclusive nas articulações com as instâncias do Poder Executivo. Nesse sentido, relatou sua participação, hoje, em eventos relacionados com os Direitos da Criança e do Adolescente, com a gestão dos recursos públicos e das políticas sociais no Município e com questões relacionadas à segurança no Centro da Cidade. O Vereador João Antonio Dib mostrou-se preocupado com a conjuntura política do País, afirmando que o Partido dos Trabalhadores é visto pela opinião pública como o que possui o maior número de envolvidos em denúncias de irregularidades. Da mesma forma, recordando que o Senhor Mangabeira Unger recriminou duramente o Presidente José Inácio Lula da Silva no passado, avaliou que a nomeação de Sua Senhoria para a Secretaria de Ações de Longo Prazo revela as contradições internas do PT. O Vereador Adeli Sell rebateu as manifestações do Vereador João Antonio Dib a respeito da imagem do Partido dos Trabalhadores junto à opinião pública, apontando problemas existentes com integrantes de outras legendas políticas. Ainda, criticou o Executivo Municipal, mencionando deficiências nas políticas de atendimento às camadas mais carentes da população e aludindo ao descontentamento dos servidores municipais com a gestão dos recursos humanos no Município. O Vereador Luiz Braz contrapôs-se à instalação de áreas destinadas a fumantes nas escolas existentes no Município, apontando que sua permanência até hoje é uma falha administrativa que deveria ser corrigida pelo Governo José Fogaça. Além disso, apoiou a governadora Yeda Crusius, noticiando que o Executivo Estadual pretende debelar parte do seu déficit orçamentário durante o ano em curso. Finalizando, opinou que a gestão do Partido dos Trabalhadores, quando no Governo Estadual, prejudicou tanto a economia pública quanto a privada. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às dezessete horas e dez minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes, sendo retomados às dezessete horas e dezoito minutos, constatada a existência de quórum. Em Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 184/05, o qual obteve nove votos SIM, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela Meneghetti e pelos Vereadores Mario Fraga e Luiz Braz, tendo votado os Vereadores João Antonio Dib, Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Margarete Moraes e Sofia Cavedon, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e vinte e um minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

Convidamos a Drª Rosane Ferreira, Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, a fazer parte da Mesa.

O Dr. Giovani Travi, Presidente do Conselho Consultivo do Instituto Ver Hesíodo Andrade, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à Lei Municipal que trata da obrigatoriedade do Teste do Olhinho nas maternidades de Porto Alegre, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

(Apresentação de datashow.)

 

O SR. GIOVANI TRAVI: Boa-tarde a todos, prezada Verª Maria Celeste, Presidenta desta Casa; prezados Vereadores, em especial Ver. Oliboni, autor deste Projeto, meu nome é Giovani Travi, sou médico oftalmologista pediátrico, aqui representando também a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, cuja Presidente é a Dra. Rosane Ferreira, aqui presente. Gostaria de explicar para vocês a importância do Projeto do Teste do Olhinho ou Teste do Reflexo Vermelho: consiste num teste simples, rápido, e que identifica, através do reflexo vermelho, a saúde ocular. O reflexo vermelho é obtido através de uma reflexão da luz na parte interna do olho, e qualquer alteração dentro desse olho, qualquer interrupção dessa reflexão, vai mostrar uma alteração no teste. Dessa forma, alterações na percepção do teste ou ausência do reflexo denunciam algumas doenças. Quais as doenças que ele detecta? Ele é capaz de detectar a catarata, que é a opacificação dos dois cristalinos; o glaucoma, que é o aumento da pressão ocular; o retinoblastoma, que é um tumor ocular maligno freqüente na infância e outras malformações oculares. A catarata congênita ocorre em cerca 0,4% da população, mas ela é responsável por 200 mil crianças cegas no mundo. E, no Brasil, cerca de 10% das pessoas que têm uma baixa de visão severa ocorre devido à catarata congênita detectada tardiamente. Tardiamente, por quê? Cinqüenta por cento das cataratas já estão presentes ao nascimento e só são descobertas depois de um ano de idade. Isso implica num mau prognóstico, porque a visão da criança se desenvolve na infância. O atraso no diagnóstico da catarata faz com que a visão não se desenvolva.

O glaucoma congênito é uma doença em que ocorre aumento da pressão ocular, e, quando a criança nasce com essa patologia, ela deve ser operada, ser tratada, dentro dos dois, três primeiros meses de vida. Se isso não for feito, ela vai ficar cega. A incidência dessa patologia é em torno de um para dez mil nascidos.

O retinoblastoma tem uma incidência em torno de um para 15 mil, e, como já falei anteriormente, ele é um tumor ocular maligno, é o tumor ocular mais freqüente na infância, e que leva, além da perda da visão, ao óbito da criança.

Embora a prevalência dessas patologias não seja expressiva, temos que pensar no impacto social que isso acarreta, visto que uma criança cega significa um adolescente cego, um jovem cego, que se torna improdutivo para a sociedade, e, por conseqüência, um adulto e um idoso também cegos. Então, nós estamos falando de 70 anos, 80 anos de cegueira na vida de uma pessoa. Por isso, o impacto social é muito grande, e o custo disso para a sociedade é muito elevado.

A visão da criança se desenvolve principalmente nos primeiros meses de vida. Aqui nós temos um gráfico que mostra a evolução da visão da criança, e qualquer patologia que aconteça nos primeiros meses vai impedir essa evolução normal, vai fazer com que a visão da criança permaneça naqueles níveis baixos. Além disso, se não detectadas precocemente, essas patologias podem levar a óbitos, como é o caso dessa criança que teve retinoblastoma não detectada por ocasião do seu nascimento, a doença evoluiu para uma retinoblastoma bilateral, que acometeu o sistema nervoso central, e evoluiu para óbito.

Essa outra criança, ao lado, tem seis anos de idade, tem glaucoma congênito que não foi tratado, e agora ela é cega dos dois olhos; ela não foi tratada porque não foi feito um diagnóstico precoce. Como vocês podem ver, ela, realmente, não enxerga nada.

Um teste capaz de detectar tudo isso é muito simples de ser feito: basta um oftalmoscópio direto que emite um raio de luz, e nós observamos o reflexo na pupila do paciente. É feito a uma distância mais ou menos de 30 cm, 40 cm, e é capaz de detectar baixa de visão e de salvar a vida de pessoas.

Aqui, nós podemos observar o olho direito, com um reflexo bem saudável, e o olho esquerdo com um reflexo alterado. Já, aqui, eu tenho um vídeo mostrando a execução do teste, mostrando para vocês que a execução desse teste é muito simples e rápida: temos um bebê com 24 horas de vida, eu usei o oftalmoscópio, examinei o olho direito da criança a essa distância - não precisa pingar colírios, não precisa intervenção nessa criança -, e eu olhei também o olho esquerdo. É rápido, durou menos de 30 segundos.

A nossa proposta é que esse teste seja realizado nas primeiras 48 horas de vida, que é o tempo que a criança normalmente fica no hospital após o nascimento. O pediatra será o profissional que aplicará esse teste. Ele já faz o exame da criança, auscultando o coração, entre outros exames, que fazem parte do exame físico, e nós queremos incluir, nesse exame físico, esse teste. Quer dizer, não vai ter custo adicional para o sistema de saúde, visto que esse exame não será pago a mais; ele será incorporado ao exame físico da criança. Claro que se nós detectarmos alguma alteração, obviamente precisaremos de urgência nesse encaminhamento: dentro de 30 dias essa criança precisará de uma consulta com um oftalmologista, em centro de referências, para resolver os problemas que possam surgir.

Com esse teste, nós vamos ao encontro do Programa 2020, da OMS, o qual visa a erradicar do planeta, até o ano de 2020, todas as causas de cegueiras preveníveis, ou seja, aquelas cegueiras que poderiam ter sido evitadas se fossem diagnosticadas precocemente. Hoje, no mundo, nós temos 37 milhões de pessoas cegas; 90% delas estão em países em desenvolvimento, sendo que a maioria dos casos, 75%, poderia ter sido evitada. Então, esse é o objetivo do nosso teste, que já foi aprovado na cidade do Rio de Janeiro, no Município de São Paulo, no Estado de São Paulo, e também em Recife. Nós estamos atendendo a um apelo, também, da Organização Mundial de Saúde. Em relação a custos, eu quero frisar bem que o aparelho que nós utilizamos para fazer este teste é muito simples. Ele custa, no varejo, em torno de R$ 300,00, talvez, e comprando em grande quantidade, para equipar maternidades, através de uma instituição, certamente nós conseguimos preços mais acessíveis. Esse aparelho tem uma longa duração, pois são utilizadas baterias, então não irá impor custos ao hospital, à instituição em que ele for utilizado. Se nós pensarmos no custo de uma criança cega para a sociedade, ou de uma criança que foi diagnosticada tardiamente e que vai precisar de várias cirurgias, possivelmente somente o custo com essa criança já pagaria o equipamento para todas as maternidades no Brasil. Era isso o que eu tinha para dizer a vocês. Estou à disposição para perguntas, e a Dra. Rosane também. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Dr. Giovani. Convidamos o Dr. Giovani Travi a fazer parte da Mesa.

O Ver. Dr. Goulart está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. GOULART: Eu queria cumprimentar o Ver. Oliboni pela oportunidade de expressar um bom trabalho da Câmara dos Vereadores - a qual está sempre atenta para esse tipo de prevenção -, e também cumprimentar a boa exposição do Dr. Giovani Travi. Quero dizer que nós, da Saúde, pretendemos chegar à época em que se cure bem poucas doenças, e se previna a maioria, a infinidade das doenças. A prevenção deverá ser o caminho da medicina moderna. Nós temos, aí, três situações que podem ser bem prevenidas com esse teste singelo, que precisa só do oftalmoscópio e do treinamento do pediatra nos berçários. Através dos reflexos, se por acaso não aparecer a cor vermelha, poderá ter que se fazer um estudo do olho da criancinha, em que se vai procurar a catarata congênita. Esta catarata pode ser completamente resolvida se, por acaso, o diagnóstico for feito precocemente. Por que a catarata tem mais valor na criança e precisa ser prevenida? Porque o adulto já aprendeu a formar as imagens no cérebro através da lente do olho; aí a pessoa, mesmo demorando um pouco para tirar a catarata, quando tirar, ela voltará a ver. A criança, não; a criança, nos seus primeiros quatro, cinco, seis meses, tem que aprender a fixar a imagem, e pode ser irreversível não fixar a imagem nesse período inicial. Então, que belo momento o de fazer a prevenção da cegueira, uma vez que o mundo todo está empenhado em diminuir a cegueira nos próximos 20 anos!

Nós temos ainda o retinoblastoma; esse já um tumor. Nesse caso, o tratamento se baseia no diagnóstico precoce. Claro, se for bem precoce, ainda poderemos salvar da metástase, da destruição, mesmo sendo um tumor maligno.

Então, eu acho muito oportuno, acho que já é hora de termos os testes em todas as maternidades públicas, que é onde a gente pode sugerir que se faça o Teste do Reflexo ou o Teste do Olhinho. Parabéns, Ver. Oliboni, e que nós, médicos, possamos ser brindados com outros projetos semelhantes a esse, porque, antes de tudo, vem a prevenção! Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; meu caro Dr. Giovani Travi, presidente do Conselho Consultivo do Instituto Ver Hesíodo Andrade, saúdo, em nome do Ver. João Carlos Nedel, do Ver. Newton Braga Rosa e em meu próprio, a presença da D. Gilda Ferreira Andrade. Na realidade a nossa Bancada havia solicitado ao Ver. Aldacir Oliboni que o Projeto fosse adiado para que nós tivéssemos a convicção de que não é mais um Projeto de Lei para aumentar o número de leis, que existem em excesso neste País. Eu fiz, em nome da minha Bancada, uma consulta à Srª Diane Marinho, que fez a minha cirurgia de catarata. Ela me disse da importância desse exame, o que coincide com os dados que o Dr. Giovani Travi apresenta hoje aqui. Ela me disse mais: que, em São Paulo, foi feita uma campanha muito intensa no sentido de que fosse usado nos hospitais esse teste, pois previne muitos malefícios da visão e até cuida de outros problemas que podem afetar a criança. Portanto, o Ver. Aldacir Oliboni conquistou os três votos da nossa Bancada, agora confirmado pela presença do Dr. Giovani.

Dona Gilda, os nossos cumprimentos. Para ambos eu desejo Saúde e PAZ! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. RAUL: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; e todos aqueles que hoje estão aqui, eu resolvi falar em Liderança sobre este assunto, em primeiro lugar para fazer uma saudação especial às pessoas que realmente se preocupam com a visão, e, entre essas pessoas, incluir o Movimento Leonístico, os Lions Clubes, pois a gente sabe que há uma participação importante nesse processo, também por intermédio da companheira Lúcia Zago, aqui presente, e todos os outros companheiros que também fazem parte do Movimento Leonístico.

Eu gostaria de saudar a Drª Rosane Ferreira, Presidenta da Associação da Oftalmologia Pediátrica, que nos honra muito com a sua presença aqui; e também o Dr. Giovani Travi, que veio aqui dar essa brilhante exposição e nos esclarecer, porque eu, como médico, já tenho algum conhecimento da questão, do problema, mas vou reconhecer que é um pequeno conhecimento, porque a gente sabe que essa é uma questão que envolve a neonatologia, a pediatria, é uma questão que realmente vai trazer e vai fazer uma diferença para essas crianças que tiverem esse problema diagnosticado.

Nós, que nos preocupamos com a questão da cegueira, como fundamental em todo mundo, até no Movimento Leonístico, do qual faço parte também, não poderíamos deixar de trazer o nosso apoio. Falamos também aqui em nome da Bancada do PMDB, dos seguintes Vereadores: Sebastião Melo, Bernardino Vendruscolo, Haroldo de Souza, em meu nome, e estamos à disposição para sermos parceiros nesse processo, assim como da própria Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica. No que tivermos à disposição da Câmara de Vereadores, com certeza estaremos sempre juntos com vocês.

Quero me referir também ao Instituto Ver Hesíodo Andrade, que, por intermédio do próprio Movimento Leonístico, é uma instituição forte e que puxa esse tipo de questão de uma maneira intensa.

Eu gostaria também de aproveitar este momento de Liderança para me referir, também dentro da área da Saúde, aos 63 anos do nosso HPS, que hoje são comemorados, o que eu acho extremamente importante. Quem de nós não teve alguma relação com o nosso HPS? Então queria deixar uma saudação muito especial aos funcionários que lá trabalham, a todas as pessoas envolvidas com o HPS.

Eu me recordo, já há 30 anos, quando fui estagiário lá do HPS, o que eu sei hoje de urgência muito se deve àquele meu período de um ano lá dentro, sabendo como as coisas eram. Naquela época, a gente suturava sem luvas, para vocês terem uma idéia; depois foi criada uma sala de sutura lá. Hoje não se tem outra alternativa em função das doenças infectocontagiosas, mas, naquela época, era uma pequena sala com uma pia em um canto e três macas; as pessoas chegavam lá, e a gente tinha que resolver o problema. Hoje seria praticamente quase que uma questão de atendimento de guerra. Hoje, graças a Deus, já melhorou muito, o HPS cresceu muito.

Gostaria de deixar um abraço também ao próprio Secretário Municipal de Saúde, Dr. Pedro Gus, ao Diretor do HPS, Dr. Azambuja, e a todas as pessoas envolvidas com o HPS. Eu lá já participei como médico, bem como paciente, e fui, na época, extremamente bem atendido.

Na minha juventude fui motoqueiro; nós sabemos o que é ser um motoqueiro hoje, aqui, em Porto Alegre, são os maiores traumatismos cranianos; as maiores mortes acontecem com os motoqueiros; e o HPS é um salvador permanente de vidas, assim como é o SAMU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Cidade, também criado há mais de 10 anos.

Então nós temos que reconhecer as boas coisas da Saúde, tais como o HPS, os grandes hospitais de Porto Alegre e também, agora, o Lei Teste do Olhinho, de que estamos aqui falando, ao qual não canso de me referir, porque vai trazer uma saúde melhor para todos. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Queria, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, saudar os nossos convidados, o Dr. Giovani e a Drª Rosane, como também o Instituto Ver Hesíodo Andrade, como também todos aqueles que, quando o Dr. Giovani sugeriu o Projeto, lutaram conosco nessa caminhada para tentar viabilizá-lo. Graças a Deus, dois anos depois, estamos viabilizando a possibilidade concreta de tornar lei o Teste do Olhinho aqui em Porto Alegre. A gente percebe que, com o tempo, as pessoas e os políticos acabam conversando muito com os profissionais que, por sua vez, trabalham na área da prevenção. E nós temos muito que aprender com vocês, com muitos outros profissionais, porque esse pode ser um pequeno gesto, uma pequena lei, mas, socialmente, representa um enorme resultado para população. Porque se nós começarmos a reduzir o número de deficientes visuais a partir da prevenção, com o Teste do Olhinho, quem sabe, no futuro, nós teremos menos deficientes. E, nesse sentido, nós, como Vereadores, agradecemos a presença de vocês e temos a certeza de que hoje tivemos uma aula para e houve também um convencimento aos Vereadores que ainda tinham dúvida. Lembro-me que, há dias, quando nós aqui tentávamos discutir o Projeto, vários Vereadores ainda não tinham conhecimento de causa; conversaram com seus médicos, com seus amigos e já estão convencidos da importância que tem o Projeto Teste do Olhinho. Então, é nesse sentido que eu quero parabenizar a luta de vocês, a visita que vocês fizeram aqui à nossa Presidente, e também a esses Vereadores que hoje se somam a vocês para fazer com que Porto Alegre tenha mais um serviço em convênio com o SUS, e que será extensivo às camadas menos aquinhoadas, que é o fundamental para todos nós. Muito obrigado, e sucesso nessa caminhada. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta, Verª Maria Celeste; em nome da Bancada do PDT, em meu nome, do Ver. Nereu, do Ver. Mario Fraga, do Ver. Márcio, da Verª Neuza, nós queremos, de uma forma muito fraterna, muito carinhosa, saudar o Dr. Giovani Travi, Presidente do Conselho Consultivo do Instituto Ver Hesíodo Andrade, a Dra. Rosane da Cruz Ferrreira, e, também, vou incluir nesta saudação, muito carinhosa, muito especial, a Lúcia Zago; em seu nome nós queremos também prestar essa homenagem a todo esse grupo de abnegadas pessoas que trabalham no Lions, sempre ao lado das pessoas que mais necessitam. Depois desse vídeo do Dr. Giovani, eu acho que ele nos dá um reflexo, uma idéia do que representa esse exame em um inocente que nasce. Salvar uma criança, salvar um inocente - que, muitas vezes, conforme o Doutor colocou, vai a óbito -, puxa vida, já é uma vitória. E assim poderíamos evitar que muitas crianças fiquem cegas. Portanto, quero também reconhecer, meu caro Ver. Aldacir Oliboni, aqui o seu Projeto, um Projeto social de grande alcance. E o Dr. Giovani mostra seu grande conhecimento na área, juntamente, com a Dra. Rosane, sendo extremamente importante para a Casa, Câmara Municipal de Porto Alegre. Sem dúvida nenhuma, tenho a certeza de que esse Projeto será aprovado por unanimidade pelos nossos colegas Vereadores e Vereadoras. Que Deus ilumine essa caminhada de vocês, pessoas abnegadas, que salvam vidas e cuidam da saúde do nosso povo, principalmente, das crianças, logo que vêm ao mundo. Parabéns, e um grande abraço a vocês. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Dr. Giovani Travi, Presidente do Conselho Consultivo do Instituto Ver - Hesíodo de Andrade; Srª Gilda Andrade; e, também, quero cumprimentar o Lions Floresta. É, realmente, um Projeto extremamente necessário, importante, solidário. Sou testemunha disso, pois uso óculos desde os 3 anos de idade, e, talvez, pudesse ter sido evitado esse contratempo para mim. E uma das pequenas coisas que foram colocadas é que se tivéssemos feito esse teste lá no nascedouro, talvez tivéssemos economizado 28 milhões 750 mil pessoas livres da cegueira. Um Projeto desses é importante, é necessário, e quero dar os parabéns, porque acho que esse é o sentido da nossa democracia, a maneira como devemos ser, não interessa de onde surgem os Projetos. Se o Projeto é válido, é bom, ele merece o apoio de todos nós, da população. Devemos dar os parabéns àquele construtor dessas idéias que vêm beneficiar toda a coletividade. Parabéns, e que Deus recompense essa luminosidade de vocês. Em nome do Partido Democrata, em nome dos democratas, quero dizer que estamos à disposição do autor do Projeto e de todos vocês. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Concluímos as manifestações das Bancadas. Registro, com muita alegria, a presença do Dr. Giovani Travi, Presidente do Conselho Consultivo, e da Drª Rosane Ferreira, Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, e gostaria de dizer da satisfação de poder recebê-los aqui, e o Instituto Ver, também, que abraçou essa luta e essa causa. Certamente, daremos uma resposta, Sr. João, àquela primeira questão que o senhor veio nos trazer, na primeira audiência que tivemos, nesta Casa, em relação a esse Projeto. Muito obrigada pela presença dos senhores.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h51min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 14h53min): Estão reabertos os trabalhos.

 

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Márcio Bins Ely.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara, quero saudar a todos. Ontem, foi o encerramento do XX Fórum da Liberdade, e eu confesso a V. Exas e às pessoas que nos assistem pelo Canal 16 que, um evento como este, da grandeza deste Fórum e da representatividade das pessoas, dos debatedores que se fizeram presentes, que eu, como porto-alegrense, como brasileiro, gostaria, como milhares de pessoas, de ter uma imagem um pouco diferenciada, não aquela que tivemos a oportunidade de ver na entrada do Prédio 41 da PUC. O que nos entristece é que essa imagem foi vista por milhares e milhares de pessoas, inclusive de outros países. Eles colocaram - peço para os nossos queridos amigos do Canal 16 da TVCâmara para focarem esta imagem - (Mostra a fotografia do jornal.) a carcaça de um caminhão incendiado com uma enorme dificuldade, no saguão do Prédio. De onde veio esse caminhão? Veio de uma das invasões da Fazenda Coqueiro, pelo MST. Essa é a imagem da destruição, a imagem do desrespeito, que fere a nossa Constituição, que é o direito à propriedade.

Deu para sentir, no momento dos painelistas - vou respeitar aqui, não quero citar nomes, mas acho que muitos de vocês assistiram -, a indignação das pessoas, o pronunciamento de pelo menos um desses painelistas a respeito do MST. Eu sempre digo, já disse mais de uma vez aqui nesta tribuna e repito novamente no dia de hoje, eu não sou contra a Reforma Agrária, nunca serei porque o meu líder maior, Leonel de Moura Brizola, foi o legítimo Governo que, de fato, fez a Reforma Agrária: do banhado do colégio que está aí até hoje para quem quiser ver, para quem quiser visitar aquela área. Essa é a verdadeira Reforma Agrária do verdadeiro Governo voltado ao nosso povo, principalmente ao nosso produtor.

O XX Fórum da Liberdade mostrou uma imagem, como eu já disse no início, muito ruim para o nosso Rio Grande, muito ruim para o nosso País. Eu vou ler a manifestação, durante a abertura oficial do evento, do Presidente do IEE, Paulo Uebel (Jornal Correio do Povo de 17 de abril de 2007) (Lê.): “Ao manifestar sobre o tema do evento – propriedade e desenvolvimento -, o Presidente do IEE, Paulo Uebel, posicionou-se contrário ao tratamento dado aos produtores rurais por parte dos governantes. ‘A produtividade não deve ser argumento para desapropriação’, frisou. Também, não poupou críticas ao MST, chegando a compará-lo com outros movimentos radicais - prestem atenção meus caros queridos colegas Vereadores e Vereadoras, repito: ... chegando a compará-lo com outros movimentos radicais -, como Al-Qaeda, Sendero Luminoso, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Farc - e à organização separatista espanhola ETA. ‘A sigla MST mais parece abreviatura de miséria, sangue e terrorismo. Movimentos como este não podem ser tolerados e muito menos ajudados pelos governos. Do contrário, seria fomentar a desordem’, argumentou Uebel.”

Então, meus caros Vereadores, vejam V. Exas, um evento de tamanha grandeza, um evento de tamanha repercussão em nível nacional, onde o Presidente desse evento faz essa manifestação nos jornais, na imprensa televisada e falada, é muito ruim para o nosso Estado. A imagem levada daqui para outros países é uma marca muito negativa, meus senhores, minhas senhoras e meus caros Vereadores. A desordem que o MST e outros segmentos paralelos que estão sendo organizados neste País fazem é uma imagem nada promissora. Há poucos meses, tivemos a oportunidade de ver; inclusive fomos fazer uma visita à Aracruz, eu, o Ver. Dr. Goulart e o Ver. Luiz Braz. Estivemos lá, fazendo uma visita de solidariedade à Direção da Aracruz. E, lá, tivemos a oportunidade de ouvir e ver a destruição, a anarquia, o desrespeito a uma propriedade que fizeram lá por uma tal de Via Campesina.

E essas organizações estão aí. E parece, pelas notícias, que estão sendo alimentadas com o dinheiro do povo, inclusive com verbas que vêm de outros países. Lamentamos profundamente que haja, ainda, pessoas, governos que dão recursos, talvez até os nossos governos. Espero que não; não sei, não quero afirmar, mas parece que esses segmentos, essas organizações recebem recursos dos cofres públicos. Lamentável! Lamentável, Ver. Aldacir Oliboni. Nós tivemos, aqui, a Tribuna Popular, com um belo Projeto de V. Exª, estivemos assistindo aos profissionais da área da Saúde mostrando a prevenção da doença. Eu, nos dois minutos em que falei em nome da Bancada do PDT, parabenizei V. Exª por essa brilhante iniciativa. E, agora, infelizmente, este meu pronunciamento eu faço com muita indignação, porque não é isso que nós queremos; nós queremos uma vida melhor, queremos uma qualidade de vida melhor para todos, mas não o que nós estamos acompanhando e o que se viu no XX Fórum da Liberdade, que se encerrou ontem, na PUC, aqui em Porto Alegre.

Não percamos as esperanças, meu caro Presidente. Não percamos as esperanças, que um dia ainda nós teremos uma sociedade mais justa, uma sociedade mais digna e uma melhor qualidade de vida para todos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Margarete Moraes está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, eu não quero desperdiçar este Grande Expediente que eu havia preparado para tratar do Dia Nacional da Literatura Infantil, mas eu também não posso deixar de responder ao querido Ver. Ervino Besson, dizendo que lamento o seu discurso. Talvez ele devesse ler um pouco - desculpa Ervino -, porque 2% dos proprietários de terras no Brasil ... 2% das ..., Bem, me perdi, agora, aqui. Fiquei tão apavorada...

Ervino, por favor, eu queria que tu entendesses que nos grandes Estados, nos grandes países capitalistas, como a França, como os Estados Unidos, não existem mais latifúndios; a reforma agrária foi feita há muitos e muitos anos.

Na verdade, o nosso companheiro, o ex-Ministro Miguel Rossetto participou do Fórum da Liberdade, foi muito bem respeitado lá, e nós temos muito orgulho da sua fala, no Fórum da Liberdade, defendendo a pequena propriedade, pois é daí que vêm os alimentos. Os alimentos só virão da pequena propriedade.

Existe, de fato, o MST, isso é bom até para os capitalistas, porque, se não existisse a sua articulação, mobilização e organização, as cidades seriam tomadas por mendigos, que poderiam se transformar em bandidos, poderiam se transformar, sim, na sua rebeldia, e, por aí, haver definitivamente a “Queda da Bastilha” em relação a essa injustiça que existe no Brasil, porque está na Constituição Federal - agora eu me encontrei - que a propriedade tem como função principal cumprir a sua função e a responsabilidade social. Eu tinha anotado errado.

Então, quero dizer que nós discordamos totalmente da sua posição, e nunca imaginamos que o PDT tivesse posição tão conservadora. Eu imagino que seja apenas a sua, Ver. Ervino Besson.

Ontem, foi o Dia Nacional da Literatura Infantil, dia 18 de abril, com uma justa homenagem ao nascimento de José Bento Monteiro Lobato, que foi o precursor da literatura infantil no nosso País, Verª Neuza Canabarro.

No ano passado, nós convidamos o escritor Carlos Urbim, que tem uma produção muito interessante nessa área, sobretudo por sua vida de guri em Livramento, no Rio Grande do Sul, e ele conversou com os arte-educadores, com os professores da nossa rede, no sentido de incentivar nas crianças e nos adolescentes o amor, o amor à leitura e o amor à escrita. E o meu Gabinete, modestamente, lançou ontem uma campanha para a criação de bibliotecas, sempre pensando no amor à leitura e à escrita, e para arrecadação de livros infanto-juvenis. Nós conseguimos, em uma semana, juntar 200 livros, e quero citar a poeta Maria Carpi, a Clô Barcellos, que é produtora cultural, e tantos outros que fizeram as doações. No início dessa campanha, como um símbolo, nós procuramos a Associação Comunitária do Campo da Tuca, e descobrimos que lá existem três bibliotecas, existem programas de leitura, dramatizações, contação de histórias, pensando em vários públicos e em várias idades. Há algumas salas, pontos de cultura, há creche, o espaço dos adolescentes e já existem essas bibliotecas.

Nesta Casa existe um Projeto da Semana da Leitura na rede municipal de ensino, da Verª Neuza Canabarro, que é um excelente Projeto. Mas esta minha idéia é de um programa que vá muito além das instituições oficiais. Nós achamos que o Poder Executivo e o Poder Legislativo devem ter um olhar também mais adiante, para as associações de amigos, para as associações comunitárias, clubes de mães, sindicatos, grêmios estudantis, organizações não-governamentais, enfim, aos movimentos sociais. Esses espaços públicos não-estatais, Ver. Ervino Besson, que se transformam em verdadeiros espaços de cidadania, de convívio, de humanidade, de solidariedade são espaços que desafiam e instigam a própria cidadania de cada um.

Ler significa experimentar a vida, significa aprofundar conhecimento para nós mesmos, com a natureza e com a condição humana. Já dizia Mário Quintana que “os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas; os livros só mudam as pessoas”. Então, é importantíssimo esse hábito da leitura. Um povo que não lê, que não tem acesso à leitura, é um povo pobre, é um povo enfermo, sem esperança, sem nada. A leitura, Ver. Alceu Brasinha, permite viagens, viagens a culturas diferentes, a experiências diferentes; permite a busca da própria identidade, dos próprios sentimentos; permite o encontro com a nossa terra, com o nosso solo - e aí eu me lembro do Barbosa Lessa, que dizia: “O pago tem a ver com o coração”. Então, isso tem a ver com o orgulho de sentimento de pertença: eu sou daqui, eu nasci aqui, eu me orgulho desta terra, e eu quero contribuir com o seu futuro. Assim é a obra do Carlos Urbim, ele trabalha com os valores, com as lendas do Rio Grande do Sul, todas as nossas lendas, e tem um acervo magnífico.

A leitura também nos oferece valores capazes de proporcionar um esforço de auto-superação. E esse exercício da leitura, que queremos que seja um hábito na vida de cada um, tem que iniciar na infância, tem que iniciar na adolescência, independentemente da condição social: se é pobre, se mora na periferia, se é negro, se é branco; independentemente da cor da pele, da cor dos olhos, se tem deficiência, se não tem.

Acredito que as instituições públicas oficiais devam se preocupar, o Executivo e o Legislativo, com aqueles que mais precisam. Então, a meta dessa campanha é estabelecer bibliotecas em todos os quadrantes da nossa Cidade, porque uma biblioteca em um bairro propicia relação de posse; e, se aquilo é meu, se aqueles livros estão ao meu acesso, eu vou ter um compromisso. Vou ter um compromisso e vou cuidar daqueles livros, porque aquele material nos dá a noção do estado republicano: esse livro será objeto de todos e de ninguém, portanto eu vou cuidar dele; permite uma relação afetiva, uma relação de amizade com o livro, com o seu ambiente mais próximo.

E, aí, também quero citar o Clube de Mães do Cristal, que colocou no Orçamento Participativo a criação de um Centro Cultural, cuja origem seria a sua biblioteca. Eles já têm três mil livros no seu acervo. Três mil livros! E eles querem que essa biblioteca dê origem ao Centro Cultural lá no Cristal. Isso não poderia ser uma lei: isso é uma campanha, poderia se transformar em um programa, em um programa contínuo pelo hábito de leitura cotidianamente.

Tenho certeza, na minha experiência, de que reler, Adeli, é muito melhor do que ler. Reler é melhor do que ler.

Um livro possibilita também inúmeras interpretações, inúmeras versões, de acordo com as experiências de cada um. E é possível trabalhar na escola, nesses espaços, relações daquele livro, daquela história com as artes plásticas, com a música, com a dança, com o teatro, enfim, com todas as linguagens culturais.

Quando eu era Secretária, nós tivemos muitos projetos, muitos programas de amor à leitura e à escrita. Poderia citar, rapidamente, Poemas nos Ônibus, que derivou para mim num outro Projeto que eu apresentei nesta Casa: Trovas no Lotação. E nós temos aqui o Flávio, representante da União Brasileira dos Trovadores, neste momento, que nos honra com a sua presença. Infelizmente, esse Projeto foi incompreendido pela CCJ, eu denunciei nesta Casa. Ele não foi compreendido na sua concepção, mas ele segue tramitando, e eu tenho esperanças de que esta Casa consiga aprová-lo definitivamente. Enfim, toda essa experiência na Secretaria Municipal da Cultura me faz criticar a atual Secretaria, que não pode prescindir de propor novos programas, que deve manter, sim aquilo que era bom, mas que tem a obrigação de formular e executar novas políticas culturais para Porto Alegre. Em dois anos e quatro meses, ainda não tem nada, e devem sintonizar, sim, com a contemporaneidade, com o incentivo a todos aqueles que criam, que organizam, que difundem a arte e a cultura em nossa Cidade, considerando a diversidade, a pluralidade das instituições dos atores, considerando a sociedade civil organizada, diversos públicos, diversos territórios que vão muito além das instituições oficiais das escolas, dos centros culturais do Município e devem, mais do que tudo, incorporar segmentos dos excluídos. Cultura e Educação devem trabalhar com transversalidade, são áreas afins e assim formam novos públicos. A formação de novos públicos deve ser a meta das instituições oficiais, sobretudo para crianças, jovens e idosos. Enfim, devem criar políticas educacionais e culturais que ultrapassem os muros das próprias instituições, que vão muito além. E ao Ver. Ervino Besson, nós vamos continuar discutindo sobre Reforma Agrária, porque discordamos absolutamente das suas posições. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Caro Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; colegas Vereadoras e colegas Vereadores, neste momento, mais de mil servidores públicos - Ver. João Dib, V. Exª que é um deles, se formou no serviço público desta Cidade – estão aqui ao nosso lado, no Centro de Eventos, numa assembléia geral. Mais de mil servidores públicos descontentes com o tratamento que a Prefeitura, que o Governo Fogaça dá aos servidores públicos de Porto Alegre. Eu sou daqueles que têm a grandeza de reconhecer que nós não podemos honrar o pagamento da bimestralidade. Inclusive a pagamos num momento muito difícil, com a questão da entrada de Porto Alegre no processo de estagnação econômica, em 2001, na questão do pagamento de um determinado índice, quando, no resto do País, os aumentos, toda a economia era indexada por um outro índice. Nós pagamos, na verdade, mais de 15% a mais do que realmente o resto da economia estava tratando as questões de recuperações salariais. Mas, neste Governo, cortam-se horas extras dos servidores da ponta, do pessoal da capina do DMLU, daqueles que cortam as árvores, os galhos, lá na ponta, nas praças que, hoje, estão abandonadas pela SMAM! Cortam-se as horas extras dos fiscais! Não tem fiscalização na Prefeitura com o corte das horas extras que estão fazendo! Vejam, senhoras e senhores, o Governo Fogaça engorda os seus CCs com o pagamento de horas extras. Nunca vi, nunca tinha visto e nunca ouvi CC receber horas extras! Se não for verdade, eu quero que a base do Governo, sua representação, sistematicamente ausente neste plenário, pudesse me contestar e dizer que a denúncia que eu recebi não é verdadeira! Disseram-me que um dos dirigentes da Secretaria Municipal da Saúde, o Dr. Martins, teria, ao ser demitido, levado mais de 40 mil reais em horas extras.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. ADELI SELL: Se for para contestar com dados concretos, Ver. Ervino Besson, V. Exª conteste, mas eu quero continuar a minha fala, porque, para elogiar o Governo, hoje, não dou apartes.

 

O Sr. Ervino Besson: Ver. Adeli, V. Exª sabe que eu tenho um carinho muito especial por V. Exª, pelo seu trabalho.

 

O SR. ADELI SELL: Isso eu já sei, se o senhor tem alguma contestação...

 

O Sr. Ervino Besson: Mas, Ver. Adeli, V. Exª falou que CCs recebem horas extras, se for verdade, eu ainda gostaria... V. Exª terá que trazer aqui nesta Casa, porque não pode, é contra a lei, não se pode pagar hora extra para CCs.

 

O SR. ADELI SELL: É verdadeiro, é verdadeiro, isso está acontecendo. Eu já fiz uma consulta ao Tribunal de Contas. O Vereador que é da base do Governo desconhece que seu Governo paga hora extra para CCs. Eu fiz uma denúncia aqui, mostrei o papel, ninguém me desmentiu. Vejam o que aconteceu na Carris, um CC sai todo dia à meia-noite de lá; ele consegue um milagre, num ponto eletrônico, que seu ponto esteja marcado todo dia às 24 horas, com exatas duas horas extras, todos os dias. Eu desafio, Ver. Ervino Besson, qualquer um dos senhores e das senhoras que sustentam o atual Governo a me provarem que não se paga hora extra, porque eu tenho as provas. É um escândalo! Eu gostaria que o Governo dissesse “erramos”, reconhecesse seu erro, seu equívoco, porque nós seremos obrigados a ir ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas, na defesa do serviço público, na defesa dos servidores, que hoje sofrem assédio moral, perseguições. Em muitos lugares, tem muita gente que não está apenas na geladeira, está no freezer, eu tenho vários desses exemplos. Por isso que nós temos a precariedade no serviço público em Porto Alegre, porque há um desdém em relação ao servidor público, há uma monopolização de tudo, através de CCs, que, em regra geral, são incompetentes; quando trabalham, trabalham pouco, e, além de tudo, ganham horas extras ilegalmente. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; para nossa honra, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, em solenidade militar hoje, realizada na Capital do Estado, do Comando Militar do Sul, fomos incluídos na Ordem do Mérito Militar, que corresponde a uma das promoções do Exército Brasileiro, em um ato assinado pelo Sr. Presidente da República, que é o Grão-Mestre da Ordem Militar. Então, tivemos a oportunidade de sermos incluídos na Ordem do Mérito Militar, na condição de Cavaleiro. Hoje, 19 de abril, comemora-se a data do Exército. Já tivemos a oportunidade de homenagear o Exército nacional, na Casa, na última terça-feira, dia 17, reunindo aqui o alto Comando Militar do Sul, quando a Casa se manifestou por diferentes oradores e, em especial, por este Vereador, proponente da homenagem, destacando a importância do Exército Brasileiro. Quero aqui tornar público o agradecimento ao Exército e ao Presidente da República, que, por Decreto, nos inclui na Ordem do Mérito Militar. Quero também dizer que hoje é uma data extremamente importante, pois, em 19 de abril de 1648, dá-se o início das atividades do Exército em nosso País. Hoje, também é Dia do Índio, uma data extremamente importante. E nesta data, também, temos o nascimento do Dr. Getúlio Vargas, que colocávamos, quando homenageávamos aqui o Exército Brasileiro, que o Dr. Getúlio Vargas foi um dos estudantes do Colégio Militar, também foi homenageado nesta Casa, na última terça-feira, por proposição do Ver. José Ismael Heinen. Então, estamos nesta tribuna exatamente para agradecer a homenagem que recebemos do Exército Brasileiro, nos incluindo no Mérito Militar. E dizíamos, quando aqui homenageávamos o Exército Brasileiro, que, em nosso juízo, o Brasil nasce exatamente em 19 de abril de 1648, em Guararapes, porque exatamente naquele momento, naquele instante formou-se uma verdadeira trança étnica, onde brancos, caboclos, negros e índios expressaram ali a primeira manifestação brasileira, expulsando aqueles que queriam tomar o nosso território, expulsando os holandeses. Então, ali, na minha opinião, não só nasce o Exército de Caxias, o Exército Brasileiro, como nasce a própria Nação, com a consciência que carrega e tem da defesa desse imenso continente que é o Brasil, País rico, embora devendo, ainda, à sua população, a igualdade, a participação, enfim, no processo do desenvolvimento. Mas somos um País extremamente rico, um País que tem 8 milhões de quilômetros quadrados, com fronteiras imensas, com a Amazônia, enfim, um País que precisa ter, sim, e dizíamos na homenagem que fazíamos ao Exército, um Exército que seja do tamanho do Brasil para defender os nossos interesses maiores, as nossas riquezas e, de resto, o nosso País.

Portanto, nós queremos aqui fazer o registro, agradecendo o tempo cedido pelo Ver. Alceu Brasinha, para dizer da nossa honra em termos recebido essa homenagem, no sentido de sermos incluído na Ordem do Mérito Militar do Exército Brasileiro. Obrigado, Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

(A Verª Maristela Meneghetti assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público aqui presente e os que nos acompanham pelo Canal 16, os problemas da Cidade são muitos, e eu queria aqui me solidarizar principalmente com os trabalhadores da Saúde, que passam, nos últimos dias, em vários locais da Cidade, em vários postos da Cidade, inúmeras e inúmeras dificuldades.

Poderia aqui começar pelo HPS, uma Instituição que sempre foi modelo, exemplo não só de atendimento médico aqui em Porto Alegre, como uma referência para o Interior do Rio Grande do Sul àqueles que aqui chegam, e hoje, no seu aniversário de 63 anos, os trabalhadores fazem um movimento dizendo que têm dificuldades de fazer os procedimentos ali necessários. Por que isso? Porque não há gaze, não há seringa, coisas tão simples e tão baratas, mas, infelizmente, o Governo não dá contrapartida, não dá o aporte para que esses trabalhadores possam fazer suas atividades normais do dia-a-dia.

É realmente uma situação de calamidade pública, e nós verificamos também que o postão da Vila Cruzeiro passa por um período de extrema gravidade quando as pessoas, principalmente da área psiquiátrica, estão num pequeno colchão no chão, e sem a visita do nosso Secretário da Saúde. E os trabalhadores fazem o movimento e nenhuma autoridade com poder legítimo chega àquela unidade para tomar uma decisão de extrema importância para amenizar o sofrimento da população e dos trabalhadores.

Mais do que isso, pediria que a câmera focasse aqui (Mostra a foto.): o posto São José, do Partenon, um dos cinco postos de Saúde do Município que nós temos na Região Leste de Porto Alegre, está fechado, ou está funcionando em uma situação precária, visto que os trabalhadores não só pararam, porque queriam parar em respeito à greve, mas pararam exatamente porque esse posto São José não dava condições de trabalho. E a visita dos Vereadores da Comissão de Saúde dá uma demonstração clara de como está o ambiente naquele local. Vejam os senhores que esse posto se encontra de tal maneira que o nosso Secretário nem sequer compareceu ao local. E, por essa vez, nós estaremos lá no dia 23, como eles estarão aqui na terça-feira próxima reivindicando, implorando ao Governo Municipal para que consigam provisoriamente uma casa alugada na região, até que se construa um posto de saúde na Região Leste, isto é, substituindo o posto da Vila São José. Mais do que isso, na Região Leste de Porto Alegre, nós temos, além dos cinco postos de saúde do Município, mais sete do Estado, e, desses sete, apenas cinco estão funcionando, porque dois estão fechados, e um deles é o antigo posto de Saúde do Murialdo, que sempre foi referência de atendimento, inclusive 24 horas, e hoje está fechado por falta de funcionários. Infelizmente, o Governo, seja ele do Município, que por sua vez não cobra aquilo que é devido do Governo do Estado, que por sua vez deve mais de 30 milhões, fica exatamente sempre reclamando de que é o Lula que não manda recursos para o Estado. Somente no ano passado, mais de 500 milhões vieram para Porto Alegre. Quem não manda dinheiro para o Município de Porto Alegre é o Estado do Rio Grande do Sul, que por sua vez tenta justificar que não tem recursos suficientes. São mais de 20 hospitais no Interior do Estado que fecham as suas portas, e esses cidadãos e cidadãs não têm alternativas a não ser viajar a Porto Alegre para serem atendidos. Eu acredito que o que tinha que dar, o que tinha que dar, Ver. João Antonio Dib, já aconteceu aqui em Porto Alegre. O nobre Secretário Pedro Gus não tem mais condições políticas para continuar como Secretário da Saúde, não tem mais condições! Vejam o episódio que aconteceu ontem, quando o Ver. Dr. Goulart fazia uma crítica severa ao fechamento do posto da Vila Cruzeiro, e o Secretário da Saúde disse a ele, publicamente: “Então, V. Exª assuma o meu lugar, assuma a minha cadeira”. Um homem que não tem condições de fazer o diálogo - porque nós temos a obrigação de fazer o contraponto e a oposição - perde o controle exatamente com quem está lhe dando apoio, da base do Governo. Por esta razão, acredito eu, que o Pedro Gus deve repensar a posição que ele ocupa hoje, para não estragar o Governo José Fogaça. Nós precisamos de resultados, e os resultados são pífios, são irrisórios, a Saúde precisa de uma maior atenção, e os trabalhadores estão decepcionados, a começar pelos trabalhadores do HPS. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssima Srª Presidenta; nobres Vereadoras e Vereadores. Hoje, 19 de abril do ano de 2007, Dia do Índio, dia em que nosso Pronto Socorro também completa 63 anos. Venho aqui falar no dia dos meus irmãos de farda, que é o Dia do Exército. Dia do Exército em que hoje tivemos uma solenidade, maravilhosa, em que eu dizia: o dia é nosso, e por isso ele está bonito com um céu de brigadeiro. Quero parabenizar a condecoração do nosso Ver. Elói Guimarães com a Ordem do Mérito Militar, da mesma maneira, também parabenizar o Ver. Bernardino Vendruscolo, a partir de hoje detentor e colaborador emérito do Exército Brasileiro, e também um assessor do nosso Gabinete, João Andrades. Mas venho aqui mais para deixar transcrito nesta Casa a respeito do Exército Brasileiro dos dias de hoje. Hoje o nosso Exército Brasileiro está engajado em diversas frentes aqui, no nosso Estado. O Exército estará construindo, em poucos dias, uma ponte de 80 metros em Sertão Santana, na parte Sul do Estado, como também esteve, desde as enchentes até os dias de hoje, trabalhando sábado, domingo, sem direito à hora extra, sem nada, na parte Norte do Estado, em Maquiné, Osório, ininterruptamente, em torno de mil soldados, nesse combate que está começando a assolar o povo gaúcho que é o combate à dengue. Esse é o nosso Exército, braço forte, mão solidária. Mas a história do nosso Exército remonta há 359 anos. Quer dizer, o passado do Exército tem 359 anos, em que eu digo que não se exclui um ano sequer de sua competência. Tanto é que hoje, nós aqui comemoramos, na cidade de Porto Alegre, uma enquête feita no dia 12 de abril do ano de 2007. Programa do Lauro Quadros, programa Polêmica, em que ele fez uma entrevista interativa com os porto-alegrenses, com os gaúchos, em que ele nomeava sete instituições e perguntava: “Qual dessas instituições você mais confia?” E para surpresa, surpresa não, mas para gáudio daqueles que amam este País, que amam as suas Forças Armadas - as Forças Armadas são a vanguarda da nossa Nação -, 49,9% dos ouvintes nomearam as Forças Armadas, compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, como a instituição mais confiável. Em segundo lugar, a Igreja, com 20%; depois a Imprensa, com 13%; a Justiça, com 8%; o Governo Federal, com 3%, e o Congresso Nacional, com 0,6%. Isso vem nos mostrar a credibilidade desses 359 anos de postura do Exército Brasileiro em relação ao nosso País. Essa confiança nas Forças Armadas se deve muito, com certeza, à maneira de ser da formação do nosso Exército, da miscigenação de raças, da interação de ser filhos de brasileiros que o compõem, mas principalmente pela postura dos seus chefes, das suas chefias, dos seus aquartelamentos e dos nossos soldados. E, logicamente, muito mais, muito mais, muito mais mesmo, pelo respeito às leis, por querer a manutenção da ordem, e muito mais ainda pelo respeito à disciplina, pelo respeito à hierarquia.

Na homenagem que fizemos ao Exército, no dia 17, eu disse que fizéssemos o contraponto: invertêssemos essas ordens e pensássemos se neste País não houvesse ordem, se neste País não houvesse respeito às leis, não houvesse disciplina, não havia hierarquia... Com certeza, eu afirmei e reafirmo, nós não teríamos um Exército se isso não fosse observado, não teríamos também uma Nação se isso não fosse observado, e, com certeza, não teríamos este Brasil gigante, incólume na sua territorialidade!

Quero deixar esta mensagem neste dia em que me emociono, em que falo de solidariedade aos meus irmãos de farda, também dizendo que o soldado que compõe o nosso Exército é desde o recruta ao General, mas também é um cidadão, e como cidadão também tem os seus direitos, de pai de família, de montar uma família, de buscar o bem-estar dos que lhe são caros! Muito obrigado por esta oportunidade. Desculpem as minhas emoções, mas este é um dia importante para mim e, acredito, para todos nós que amamos o nosso País. Muito obrigado, Srª Presidente. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vereadora Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste; Ver. Ismael, fiquei muito feliz hoje por receber a homenagem do Exército Brasileiro, e, em respeito ao Exército, eu me perfilo para reforçar as palavras de V. Exª e dizer que para mim foi uma honra receber essa homenagem. Eu servi ao Exército durante três anos, e para mim - Verª Margarete Moraes, lá de Iraí também - o Exército, como tem feito a muitos brasileiros, fez um bem que não sei dimensionar; porque, se não fosse o Exército, certamente eu não teria ido para São Borja e de lá não teria vindo para Porto Alegre.

Servi num momento muito difícil da nossa Pátria, nos anos de 1973, 1974, 1975, em que vivíamos um outro momento. Mas me orgulho muito, muito mesmo, por ter tido a oportunidade de servir ao Exército Brasileiro. E que bom que as Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - permanecem como esteios desta Nação, pregando o civismo, oportunizando aos jovens, principalmente àqueles que por questões familiares, outros, por questões econômicas, enfim, por questões diversas, não têm oportunidade, Verª Margarete, de receber uma educação diferenciada, e eu sou um desses que tive essa oportunidade. Por isso devo muito ao Exército Brasileiro e às Forças Armadas. Faço isso de coração e fiquei muito feliz.

Registro que esta Casa foi homenageada pelo Exército Brasileiro, porque hoje nós tivemos lá o Ver. Elói Guimarães, o João Cândido Vargas de Andrades Júnior, Assessor Parlamentar do Ver. Ismael, e este Vereador; fomos homenageados pelo Exército Brasileiro, então entendo que esta Casa foi homenageada pelo Exército Brasileiro. Por isso os nossos parabéns às Forças Armadas, aos componentes das três Forças.

Aproveito também para voltar ao assunto do ITBI. Eu tenho as informações dos Vereadores, tenho informações que vou fornecer ao Secretário da Fazenda, que é do nosso Partido; mas, Ver. Brasinha, tenho sido defensor daquilo que eu, convictamente, acredito. O Projeto do ITBI trouxe, sim, um incremento para o Município, para a Fazenda, apesar de não ter sido esse o nosso objetivo lá no início, que foi o de oportunizar às pessoas que não dispõem de recursos que regularizem os seus imóveis. A única maneira que milhares de pessoas têm - que detêm e fizeram a aquisição através dos contratos particulares - de regularizar os seus imóveis é com o parcelamento. E não adianta nós ficarmos com essa teimosia de não parcelarmos, porque, em primeiro lugar, não vamos receber esse dinheiro - não adianta nós ficarmos com crédito e não recebermos -, e, por outro lado, nós não vamos oportunizar que essas pessoas façam essas regularizações e não vamos fomentar o mercado imobiliário - porque é uma maneira de fomentar também.

Sabemos que o Ver. João Antonio Dib é um homem que conhece os números da Capital, aqui do nosso Município, e eu vou reforçar, novamente, o que já tenho dito daqui, desta tribuna, para nós termos uma idéia. E quando falo isso, eu gosto de frisar que não houve a publicidade necessária do parcelamento do ITBI durante o ano de 2006. Este Vereador foi à rua e divulgou. Mas, mesmo assim, nós tivemos um incremento de 19,2%, de 2005 para 2006, quando nós tínhamos de 2004 para 2005: 11,41%. Nós tivemos quase que 14 milhões de reais de incremento. E vou defender aqui uma outra situação: quem parcelou, Ver. João Antonio Dib, ainda está pagando o ITBI! Temos de avaliar dessa forma. As pessoas parcelaram e ainda adentraram o ano de 2007 pagando, e, com isso, a Receita permanece crescendo. Tanto isso é verdade que - nós precisamos citar isso aqui - durante janeiro de 2006, por exemplo, nós tivemos 5 milhões e 893 mil reais de arrecadação. E, agora, em janeiro de 2007: 8 milhões e 451 mil reais. Então, eu gostaria de chamar a atenção para os números, porque eu fiquei muito preocupado quando me disseram que não estava garantida a sanção do nosso Projeto, muito preocupado mesmo. Obrigado, Vereadora-Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Vereador.

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta, Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos. Também, em nome da Bancada do PDT, nós queremos parabenizar, pela justa homenagem, o Ver. Bernardino, o Ver. Elói Guimarães, o Assessor João Cândido - sempre é um orgulho para as pessoas receberem uma homenagem do Exército Brasileiro.

Vereador Adeli, V. Exª é uma pessoa crítica, e eu quero dizer a V. Exª que, dentro de pouco tempo, terá a oportunidade, como todos os Vereadores e Vereadoras, de ver uma mudança muito grande nas praças de Porto Alegre. Tenho certeza de que o visual das praças terá uma mudança muito grande, uma mudança para melhor. Eu sei que o Secretário Beto Moesch, juntamente com a sua assessoria, está usando uma forma propícia de ir às praças, uma forma democrática de fazer o Diálogo na Praça, junto com a comunidade. É importante isso, ouvir a comunidade e sentir o que a comunidade quer na maioria das praças. E tenho certeza de que, dentro de pouco tempo, as nossas praças terão, sim, essas melhorias exigidas pela comunidade.

Há dois meses iniciaram as nossas aulas nas escolas públicas, principalmente nas escolas públicas estaduais...

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, primeiro, quero me desculpar porque eu não concedi um aparte a V. Exª, eu me atrapalhei todo.

 

O SR. ERVINO BESSON: Não há problema.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: Eu gostaria de dizer que hoje é dia 19, é o Dia do Exército Brasileiro, mas também é o dia de Santo Expedito. A V. Exª, que é um homem religioso, eu gostaria só de lembrar que hoje é dia de Santo Expedito, o Santo das causas urgentes, eu não diria impossíveis, porque eu acredito que quem tem fé não acredita na impossibilidade.

 

O SR. ERVINO BESSON: É verdade, Santo Expedito é o nosso grande Santo milagroso. Mas o pronunciamento de V. Exª era de muita importância, Vereador, porque V. Exª estava falando em um Projeto de extrema importância para a Cidade, o seu Projeto do ITBI.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Como o nosso Ver. Bernardino disse: Santo Expedito é o Santo das causas impossíveis, será que ele poderá ajudar o Internacional hoje? Sei que V. Exª é colorado.

 

O SR. ERVINO BESSON: Vamos pedir ao Santo milagroso que ajude o Internacional hoje - uma ajudazinha -, e também ao Grêmio, não é? Acho que os dois times estão na mesma situação. Quem mereça mais, que o Santo Expedito esteja ao lado, ajudando.

Mas, como eu disse, faz mais de dois meses que iniciaram as aulas nas nossas escolas públicas. E, hoje pela manhã, passei no Colégio Alberto Torres que possui mais de 1500 alunos. Mas quinze dias antes do começo das aulas - como eu moro no bairro próximo à escola -, fui à Secretaria de Educação do Estado e solicitei classes para duas salas de aulas que não tinham o material. Fiz um Ofício solicitando a colocação das classes. Há problemas que a boa vontade resolve. Estive hoje, pela manhã, na Secretaria de Educação do Estado e a Secretaria perdeu o Ofício; fiz outros, depois.

As classes chegaram ontem na escola. Mas e quanto à qualidade das classes? Gente, não houve bom senso e responsabilidade. Será que a Secretaria não tem um local para a recuperação dessas classes? Será que ela não consegue mandar classes em melhores condições para que os nossos jovens, os nossos alunos tenham, pelo menos, um pouco mais de conforto para se prepararem para o futuro? Para que isso ocorra eles têm de estar nas salas de aulas estudando.

Isso me entristece. Não gostaria de estar aqui, nesta tribuna, usando este microfone e fazendo este tipo de pronunciamento.

Agora, minha cara Secretária de Educação do Estado, até vou fazer-lhe um apelo, para que convide as Diretoras dessas escolas e ouça o que elas têm a dizer, pois as Diretoras foram eleitas por uma parcela da comunidade. Ouça as Diretoras e os problemas que elas estão enfrentando nas nossas escolas públicas. É uma forma de tentar amenizar esse problema, esse sofrimento que as Escolas Públicas estão enfrentando nos dias de hoje. Pelo amor de Deus, faço um apelo a V. Exª Isso nos entristece. As pessoas não têm mais a quem recorrer, batem na casa do político, do Vereador, pedindo: “Pelo amor de Deus, nos ajude, faça alguma coisa pela comunidade”. São apelos feitos diariamente. Portanto, minha cara Secretária, há problemas nas Escolas que a boa vontade e o esforço resolveriam; agora, eu estou vendo que nesta linha não funciona, não está funcionando. Faço esse apelo em nome de uma comunidade, mas há outras comunidades que também estão enfrentando o mesmo problema. Falta bom senso, falta boa vontade, pois o que estou vendo é que estão muito longe das comunidades! Sou grato a Vossa Excelência.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Vereador. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, são tantos os eventos na data de hoje, que não dá para falar em todos, mas pela afetividade que eu tenho pelo Pronto Socorro, e pelo respeito que eu tributo à memória daquele que o criou, eu vou falar, como fez já o Dr. Raul, nos 63 anos que hoje completa o Pronto Socorro. Eu conheço o Pronto Socorro muito bem. Eu estive lá hospitalizado durante três meses e cinco dias, no ano de 1969, e desde lá ele melhorou muito até, mas precisa ter muito mais cuidado. Hoje eu não vi a reportagem sobre o Pronto Socorro mostrando as necessidades que ele tem de ser bem tratado, bem cuidado. Quero que o Dr. Azambuja, que é o Diretor do Pronto Socorro, não meça esforços no sentido de preservar esse patrimônio extraordinário que foi dado à cidade de Porto Alegre.

Eu tenho aqui um Relatório da Administração Loureiro da Silva, dos cinco primeiros anos, de 1937 a 1943, que diz o seguinte (Lê.): “Ao assumirmos esta Prefeitura, encontramos os serviços de Assistência Pública bastante deficientes, principalmente no referente às instalações fixas. Existia um único posto de Socorro imediato, localizado em prédio alugado e em lamentáveis condições higiênicas”. Espero que hoje o Pronto Socorro tenha melhores condições higiênicas. “Além disso, este Posto estava colocado em um ponto excêntrico em relação ao espaço total urbano, o que dificultava, sobremaneira, o transporte dos acidentados. Em face desta situação premente, resolvemos tomar duas medidas imediatas: (1º) projetar e construir um Hospital para Assistência e” - naquele tempo chama-se Assistência Pública e não Hospital de Pronto Socorro – “(2º) melhorar o material de transporte dos doentes. Encarregamos o Dr. Bruno Marsiaj, então diretor da Assistência Pública, de, junto com os técnicos municipais, projetar o Hospital. Aquele médico apresentou, em setembro de 1939, um projeto completo e documentado, que, com algumas modificações posteriores, foi adotado, e suas obras estão praticamente ultimadas”.

O Dr. Loureiro saiu um pouco antes de ser entregue o Pronto Socorro, em 1944, quando então era Prefeito o Dr. Antônio Brochado da Rocha, filho do Prefeito que dá o nome a este Plenário.

“Trata-se de um Hospital com 300 leitos, da modalidade brasileira dos ‘Pronto Socorro’, porém com pequenas variantes. Servirá para atender os casos urgentes que ali serão hospitalizados e, também, alguns casos clínicos. O novo hospital foi localizado em ponto estratégico, no entroncamento das avenidas Osvaldo Aranha, Protásio Alves e Venâncio Aires, local de fácil acesso (...)”. Adiante, diz ainda, já num escrito do Dr. Marsiaj: “Planejado em 150 leitos para doentes e com cinco andares, terá baseamento para mais três” - portanto, ele tem fundações para que ali fossem construídos oito pavimentos; hoje tem quatro -, “sendo possível, futuramente, a soma de 400 leitos. Não há interesse administrativo nem técnico nas possibilidades de maior número de internações e, para as previstas, o espaço disponível é suficiente”. Portanto, ele foi inicialmente construído com três pavimentos. O Prefeito Telmo Thompsom Flores adicionou mais um pavimento ao Hospital, e poderíamos - pouca gente sabe, até dois anos atrás eu não sabia disto -, com as fundações existentes, construir oito pavimentos. Gostaria de pedir ao Dr. Azambuja, Diretor do Pronto Socorro, algo que vem sendo pedido pelos médicos, que já não trabalham no Pronto Socorro, estão aposentados, mas que pediram, encarecidamente, faz anos, seis, sete, oito anos, que seja homenageado o Dr. Luís Carlos Ely, que foi Diretor do Pronto Socorro, que tenha o seu nome no Centro Cirúrgico, e o Dr. Sérgio Cattani Kurtz, para o Setor de Traumatologia. É um desejo daqueles médicos que fizeram o Pronto Socorro tão grande que, quando eu voltei do hospital da Inglaterra, eu convidei o Professor Catedrático da Universidade de Londres, da neurologia e neurocirurgia, Dr. Logue, que visitasse o Pronto Socorro. Ele visitou o Pronto Socorro e disse que igual ao Pronto Socorro, ele não conhecia outro hospital no mundo. Isso é dito hoje, ainda. Nós queremos parabenizar o Diretor, os servidores, médicos, os enfermeiros, os auxiliares de enfermagem, todos, enfim, que trabalham no Pronto Socorro, 24 horas por dia, sete dias por semana. Portanto, cuidem do Pronto Socorro; o Pronto Socorro merece a nossa atenção! Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Encerramos o período de Comunicações. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1067/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 018/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que obriga as empresas recicladoras do Município de Porto Alegre a exigir a comprovação da origem dos fios de cobre que adquirirem e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1139/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/07, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa, que altera os limites da Subunidade 01 da UEU (Unidade de Estruturação Urbana) 022 da MZ (Macrozona) 02, institui a Subunidade 03 na UEU 022 da MZ 02, com base no inc. III do art. 162 da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental – PDDUA), e alterações posteriores, identifica a Subunidade criada como Área Urbana de Ocupação Prioritária – AUOP - , objetivando incentivar a implantação de parque empresarial tecnológico, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1779/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/07, que autoriza a abertura de créditos especiais nos Poderes Legislativo e Executivo Municipais, no valor de R$5.588.834,00 (cinco milhões, quinhentos e oitenta e oito mil, oitocentos e trinta e quatro reais), e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1780/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 004/07, que dispõe sobre a criação do Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, que será composto pela Conferência, pelo Conselho, pelas Micro-redes locais de SANS e pela Coordenadoria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, com vistas a assegurar o direito humano fundamental à alimentação adequada, e dá outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1136/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que institui e oficializa como evento de natureza sociocultural e turística o Baile Infantil de Carnaval do Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 1163/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que altera o § 1º do art. 2º da Lei nº 4.629, de 23 de  novembro  de 1979, e alterações posteriores, que dispõe sobre a concessão de reajustes tarifários para os serviços de táxis e táxis-lotação, autorizando aos permissionários de veículos de aluguel (táxi), em caráter definitivo, a cobrança de Bandeira Dois durante o mês de dezembro.

 

PROC. Nº 1297/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 032/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que inclui, no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, o Baile do Rei e da Rainha da Terceira Idade do Carnaval de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 1305/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 033/07, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Engenheiro e Advogado Newton Garcia Quites.

 

PROC. Nº 1346/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Rua Fernanda Moreira Gonçalves e Rua Luan Jacoby os logradouros não-cadastrados, conhecidos, respectivamente, como Beco N – Rua Seis, Estrada Retiro da Ponta Grossa – e Beco 11 – Estrada Retiro da Ponta Grossa -, localizados no bairro Belém Novo.

 

PROC. Nº 3840/04 - SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria dos Vereadores Carlos Comassetto e Maristela Meneghetti, que institui o Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, vinculado a cooperativas, a associações, a entidades da sociedade civil ou a programas oficiais desenvolvidos pelo Poder Público Municipal, Estadual ou Federal, mediante a isenção de taxas e de impostos, e dá outras providências, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje, no período de Pauta, em 2.ª Sessão, há o Projeto do Ver. Haroldo de Souza, que obriga as empresas recicladoras do Município de Porto Alegre a exigirem a comprovação da origem dos fios de cobre que adquirirem e dá outras providências.

Vejo que a idéia do Ver. Haroldo de Souza é excelente, mas, na realidade, o que falta cada vez mais é fiscalização. Se nós andarmos pela Cidade, vamos ver que há inúmeros anúncios informando os preços, principalmente dos fios de cobre, que são o objeto da proposta do Vereador. Se nós lembrarmos, há uns anos, o que acontecia com os telefones públicos no Rio Grande do Sul? Os telefones públicos eram todos saqueados. Na época da antiga CRT, começou-se a criar mecanismos, uma visão tecnológica e moderna, e utilizar outro material, e aquele material não tinha preço. Na realidade, com relação aos fios de cobre, hoje também já se está colocando outro tipo de produto que diferencia. Então, eu entendo que a proposta, a idéia é boa, mas eu acho que o mais importante é a discussão de uma fiscalização mais intensa.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Adeli, eu sei que V. Exª é sempre um Vereador atento a esses assuntos e quero lhe dar um aparte.

 

O Sr. Adeli Sell: Eu fico muito contente que, já ontem, foi aberta a discussão em torno desse Projeto, ao qual V. Exª está retomando neste momento. E nós temos uma concordância muito grande nesse ponto da fiscalização. Na realidade, nós já temos bons projetos, como, por exemplo, aquele que cassa o alvará. Então, em todos os lugares onde esses fios forem pegos, se o estabelecimento tiver alvará, cassa-se o alvará, mas, no caso de ele não ter alvará, a SMIC não concede um próximo alvará. Eu acho que um Projeto tem que ser bem debatido, isso é importante, porque está em jogo a Segurança pública de todos nós.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Na realidade, Vereador, para algumas coisas tem que ter um chavão, qual seja, tolerância zero, principalmente para esses casos.

Vejo, também, que o Ver. Newton Braga Rosa ingressou com um Projeto - e ele é um homem da área tecnológica -, ele está propondo uma alteração das Macrozonas, uma vez que ele está preocupado com isso. Mas, Ver. Newton Braga Rosa, eu também quero lhe dizer - e V. Exª sabe disso, é só para provocar, e nós fazermos uma discussão – que, dentro de mais ou menos 30 dias, 40 dias, nós vamos receber aqui na Casa alteração do Plano Diretor. E esse assunto tranqüilamente vai passar, e, se não passar, ele vai ser contemplado. E o que eu tenho defendido aqui na Casa, e o Ver. João Antonio Dib sabe disso, é que todos os projetos que venham fazer qualquer alteração do Plano Diretor, neste momento, este Vereador se posiciona contra; não contra o Projeto em si, eu me posiciono contra, porque nós temos que pensar no Plano Diretor como um todo, na Cidade como um todo. Essa será a nossa responsabilidade aqui: pensar na Cidade como um todo, porque, muitas vezes, na ânsia de fatiar, e cada um cuidar de um determinado seguimento, nós perdemos o todo, nós perdemos a visão macro das coisas. Lembro que, no ano passado, nós aprovamos, aqui na Casa, um projeto, especificamente, que tratava de uma alteração de uma rua, e, naquela época, eu alertava: “Olha, isso daqui é difícil, porque vai ter um Plano Diretor”. E o que aconteceu? O Prefeito acabou vetando o projeto. Então, eu entendo que a sua preocupação é pertinente, mas eu acho que nós temos que reforçar, sim, essa discussão no Plano Diretor. Eu sei que V. Exª é um expert e vai dar muitos subsídios para a construção de um Parque Empresarial-Tecnológico que realmente Porto Alegre precisa. E já vi, naquele dia, quando nós tivemos a oportunidade de conversar com o Prefeito, que V. Exª colocou isso, e o Prefeito disse que Porto Alegre tem, e quer ter, essa vocação tecnológica. Obrigado, Srª Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, na Pauta, hoje, felizmente, não há nenhum projeto em primeira Sessão, o que é muito bom; quanto menos leis nós tivermos, mais facilidade vai haver para a fiscalização, mais fácil será cumprir a legislação, especialmente quando as leis forem claras, precisas e concisas.

O Ver. Haroldo de Souza está preocupado - e é uma preocupação correta - com empresas que compram materiais roubados. São receptadores que deveriam ser retirados da sociedade. O Ver. Professor Garcia disse que pode substituir o fio de cobre, mas não é tão fácil, e, se for substituído, ele também será utilizado para transações inescrupulosas.

Nós já fizemos uma experiência na Av. Castelo Branco, quando eu fui Prefeito - e os fios continuam até hoje sendo roubados -, os fios foram energizados, pois, se o indivíduo tocasse no fio, ele levava um tremendo choque e talvez até morresse. Mas eles eram tão hábeis que assim mesmo levaram os fios de toda a iluminação da Av. Castelo Branco. Portanto, essa preocupação do Ver. Haroldo de Souza tinha que ser uma preocupação muito grande da polícia, porque, às vezes, nós vemos os nossos monumentos sendo saqueados, como ocorreu, por exemplo, há poucos dias, quando o busto do Dr. Mário Totta, em frente à Santa Casa, desapareceu, e ninguém sabe para onde foi. Claro que ele está numa fundição por aí, porque isso é vendido por quilo. Quer dizer, a arte, o cuidado de um artista que fez um monumento daqueles não vale nada para o receptador; o que interessa para ele é o preço do bronze. E, também, a estátua do nosso grande Prefeito Loureiro da Silva, cujo monumento está pichado. A Prefeitura recebeu um pedido deste Vereador, tanto na administração passada, como na atual, e o monumento continua nas mesmas condições, sendo que nós temos lugar, aqui, na frente da Câmara, para que ele seja colocado.

E a preocupação do Ver. Newton Braga Rosa está correta. Ele não está mudando o Plano Diretor; ele está, dentro do Plano Diretor, criando uma área, especificamente, para a implantação de um Parque Empresarial-Tecnológico, o que vai colocar Porto Alegre no mapa do mundo. E isso é extremamente importante.

Por outro lado, a Prefeitura abre créditos especiais, mostrando aquilo que foi feito no Orçamento aprovado pela Casa: nós temos 21 Programas, os quais recebem recursos, mas, quando há necessidade, fazem projetos de lei como esse, permitindo abertura de créditos especiais. Cumprimentos à Prefeitura, que está fazendo uma abertura de crédito de 5 milhões 588 mil reais, e, desses cinco milhões e poucos, 4 milhões de reais são para a Câmara Municipal.

A Prefeitura também deseja criar o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável. Eu acho interessante. Diz o Prefeito que quer assegurar o direito humano e fundamental da alimentação adequada. Será extraordinário se nós conseguirmos diminuir a fome, a miséria e a pobreza, não só na nossa Cidade, que não é a mais pobre, não é a mais miserável, não é a que tem mais fome, pois isso acontece em todo o Brasil. E o Presidente da República diz que tudo vai bem, que tudo cresce e floresce, como se nós navegássemos num mar tranqüilo e sereno, e a nossa população tivesse, a cada dia, à sua disposição, alimentação, educação e saúde. No entanto, não é nada disso que acontece! Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Exma Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos acompanha nesta tarde de quinta-feira, eu venho a esta tribuna para trazer os esclarecimentos sobre um assunto abordado, aqui, pelo nosso nobre Ver. Adeli Sell, a respeito da queda de parte de uma fachada na rua Padre Chagas. Esse esclarecimento que eu estou trazendo, aqui, é para nós colocarmos, de vez, uma pedra sobre esse assunto, e para que fique bem esclarecido para toda a população e para os Srs. Vereadores. Hoje, pedaços de fachada caindo viram motivo de desconfiança, de mal-estar dentro desta Casa, porque é um assunto abordado o ano todo. A queda de um pedaço de fachada, hoje, dá discurso político para o ano todo. Por isso, eu quero trazer, então, as informações repassadas pela SMOV. Diz assim: “O prédio comercial situado na rua Padre Chagas, nº 185, entre as ruas Hilário Ribeiro e Luciana de Abreu, foi desinterditado parcialmente nesta quinta-feira. No final da tarde de ontem, dia 18, o engenheiro responsável pelo prédio protocolou junto à Secretaria Municipal de Obras e Viação um novo laudo de estabilidade da fachada. Porém, neste novo laudo, o engenheiro se responsabiliza apenas pela segurança da fachada frontal do imóvel. Portanto as fachadas laterais e de trás do prédio continuam interditadas até a execução das obras necessárias e a completa eliminação de risco. Na fachada da frente do prédio as medidas necessárias para garantir a segurança do local já foram tomadas: os onze andares estão envoltos por uma tela e bandejas de proteção. Nas próximas horas a EPTC deverá liberar a rua”.

Com relação ao questionamento que o Ver. Adeli Sell fez aqui sobre os fiscais da SMOV, eu quero aproveitar a oportunidade para esclarecer que eles estiveram no mesmo dia, no sábado, lá neste prédio. E foi feito o atendimento, sim: todo o atendimento necessário, todo o acompanhamento está sendo feito pela SMOV, e a garantia de que as pessoas terão segurança naquele local está sendo, neste momento, dada pela SMOV. A SMOV está agindo, sim, com toda a segurança, está, sim, fiscalizando com toda a intensidade, para que outros fatos dessa natureza não ocorram na nossa Capital.

Gostaria de lembrar a todos os senhores que, em todos os mandatos, em todos os governos, sempre temos algum tipo de problema; até mesmo porque os prédios vão envelhecendo, o material vai se tornando cada vez mais enfraquecido, e esses problemas acabam acontecendo na nossa Capital.

Também gostaria de mostrar, de trazer ao conhecimento de todos os senhores e senhoras que nos acompanham hoje, algo que saiu no jornal Zero Hora de hoje, no ZH Centro - até acho interessante o Ver. Adeli Sell, depois, fazer algum tipo de comentário, como “bonito o trabalho da SMOV” -, que é o depoimento de um funcionário de uma loja de livros usados, Ver. Adeli Sell, que disse o seguinte: “Foi ótimo. Estava cheia de buracos. Acho que já fazia uns oito anos que a rua não passava por reparos”. Então há oito anos não era feito um serviço como a SMOV fez ali. Vinte ruas e avenidas do Centro estão recebendo nova pavimentação e reforço da sinalização de trânsito. Um serviço bonito da SMOV, um trabalho bonito dentro do Governo Fogaça que deveria ser muito valorizado nesta tribuna aqui também. Porque, afinal de contas, a tribuna é para nós reconhecermos que temos de melhorar muitas coisas, mas também para nós aplaudirmos o bom trabalho, o bom desempenho dos nossos Secretários e também do Prefeito José Fogaça.

Sobre os CCs que estão recebendo horas extras, Ver. Adeli Sell, eu pedi informações à Secretaria da Administração, e nenhum CC está recebendo hora extra. Eu gostaria até de contribuir com a sua pesquisa e, se possível, até segunda-feira, V. Exª nos apresentar os nomes dos CCs que estão recebendo horas extras. Eu faço questão de ir com V. Exª até o Prefeito, para nós pedirmos uma explicação, porque isso não pode acontecer. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Vereador.

O Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, faço uso da tribuna para apresentar o meu apoio ao Projeto de Lei do Executivo que trata da liberação de recursos para vários programas. Entre eles, o Programa de Vizinhança Segura, que estaria recebendo 516 mil reais. Eu gostaria de alertar os colegas Vereadores a respeito da importância dessa quantia, que, embora não seja uma quantia muito significativa, reveste-se de importância decisiva para os nossos telecentros. Esses 516 mil reais estarão sendo usados para comprar 390 computadores, Ver. Dib. O orçamento inicial era para 350 computadores, mas a nossa Procempa, numa negociação inteligente e bem conduzida, está conseguindo comprar, com o mesmo dinheiro, 40 computadores a mais.

Para aonde irão esses 40 computadores? Eles estão sendo alocados num programa para formação de recursos humanos na área de tecnologia em escolas públicas de Porto Alegre. É um projeto-piloto que, se bem sucedido, será estendido a várias outras escolas. Quais são as escolas que foram escolhidas para esse projeto-piloto? Escola Dom João Becker, Escola Protásio Alves e a Escola Solon Tavares. E um dado impressionante: foram oferecidas 130 vagas para alunos que já tivessem completado o 2º Grau, porque nós estamos falando de cursos de programadores pós-médio. Para a surpresa dos organizadores e da SMED e, principalmente, da Assespro - que é a Associação que está conduzindo as entidades de Técnicos em Informática nesse programa -, apareceram, para 130 vagas, 1.324 candidatos. Foi necessário fazer um minivestibular. Estamos, portanto, com 130 pessoas pinçadas da nossa rede pública de ensino de 2º Grau, altamente credenciadas para a realização de um programa de treinamento intensivo, findo o qual teremos programadores que vão atender a um déficit. Sabemos que emprego é um problema, mas não na área de tecnologia, meu caro Ver. Marcelo. Existe um déficit constatado de 2.200 programadores de nível médio no Estado do Rio Grande do Sul, Ver. Aldacir Oliboni.

É surpreendente: são 17 mil, no Brasil; 2.200 dos quais são vagas que não se conseguem lotar. Portanto, esse programa coloca o Estado em um novo patamar de qualidade, de formação de recursos humanos e tecnológicos.

A outra parte do dinheiro, para os 350 computadores que vão para os telecentros, eu acho que não precisa de defesa. Todos nós conhecemos os telecentros, que realizam um trabalho importantíssimo, que eu posso explicar e expressar através de um único dado: são 50 mil pessoas por mês que passam pelos 33 telecentros que foram criados – reconheço – na Administração anterior, num trabalho magnífico realizado na época do Prefeito João Verle, que deu frutos. Só que os computadores daquela época estão velhos. Eles já eram doados pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Imaginem, quatro, cinco anos depois, o estado em que se encontram!

Teremos condições de aumentar, com os novos computadores, esse atendimento de 50 mil pessoas, para cem mil. Está mais do que justificada – acredito – a importância da aplicação desses recursos.

Não posso me furtar de abordar, na Pauta de hoje, um Projeto que para mim se reveste de grande importância. Na manifestação do colega, Ver. Professor Garcia, professor como eu, foi falado a respeito da importância do projeto, inquestionável; Porto Alegre precisa ter um parque empresarial tecnológico - nós só temos o Tecnopuc -, e alguém pode perguntar por que o Tecnopuc não serve. Por uma razão simples: quando nós falamos de indústrias de informática, indústrias de eletrônica, existe um pavimento industrial que ocupa uma área maior do que aquela oferecida no nosso Tecnopuc. Tudo isso começou porque uma indústria de capital francês olhou 98 prédios em Porto Alegre e não conseguiu se instalar em nenhum deles. A partir daí, começa todo um esforço. Localiza-se uma área, localiza-se um projeto de parque industrial, e esse parque está sendo convertido para ser um parque tecnológico. Quando foi falado que o Plano Diretor abordará esse assunto, eu tive minhas dúvidas, pelo seguinte: esse trabalho foi feito com a ajuda de pessoal especializado. Eu tenho aqui o mapa da cidade de Porto Alegre, onde está colorido aquilo que será o objeto da revisão do Plano Diretor. (Mostra mapa.) Quando nós falamos no parque empresarial tecnológico, estamos falando numa área na frente do Aeroporto que está fora da revisão do Plano Diretor, que vai entrar nesta Casa brevemente.

Então, enfatizo a necessidade, porque existem empresas interessadas em instalar-se em Porto Alegre agora e que não têm para onde ir. E acredito que, se nós formos esperar toda a discussão do Plano Diretor, a Cidade estará perdendo uma excelente oportunidade de um salto tecnológico nessa área industrial. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada.

A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Srª Presidenta dos trabalhos, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores presentes na Câmara Municipal; no dia de hoje, nós visitamos, com a Comissão de Educação, Cultura e Esportes, o Instituto de Educação Flores da Cunha. Eu farei aqui um relato, inclusive já trazendo em mãos o release, que já está no site da Câmara, com várias colocações.

Nós encontramos uma escola cujo prédio foi tombado como patrimônio histórico do Rio Grande do Sul, o Instituto de Educação Flores da Cunha, em completa degradação, completamente pichada. E não é só pichação na parte externa, Ver. João Antonio Dib, mas nas salas de aula e nos corredores; o piso levantando, as paredes mofadas, uma questão física estarrecedora é o que nós encontramos no Instituto de Educação. Encontramos, também, uma solicitação e uma revolta muito grande pela falta de repasse dos recursos para manutenção da escola. Depois, tivemos uma reunião com professores, na sala dos professores, quando foi apresentado um vídeo de uns 15 minutos, colocando a história desde a inauguração do Instituto. Após a apresentação desse vídeo, Verª Maristela Maffei, tivemos o pronunciamento de alguns professores. Tivemos professores que reclamaram da ausência da Presidente da nossa Comissão, Verª Maristela Maffei; a Verª Sofia Cavedon colocou que a senhora tinha outro compromisso, mas eles insistiram que ali era o mais importante. Mas isso é só como um relato, porque também tivemos uma professora que disse que isso vem de longa data, 30 anos, Governos passaram, uns deram material, deram de tudo, mas não deixavam falar. É claro que ali eu sei que se referia a minha pessoa; se deu material, se deu recurso, se deu tudo, e eles não podiam falar. Estavam lá, podiam falar à vontade. Mas tudo bem!

Agora, o mais grave de tudo é o seguinte: a escola pichada, e os professores dizendo que aquela pichação é revolta dos alunos. Aí me preocupou, Ver. João Antonio Dib, porque a revolta do professor até se justifica pelo salário, pela situação de miséria, mas já forjar, no aluno, uma revolta?

E, naquela tristeza de imundície, de pichação, de mofo, de parede rachada, de roubo, tem um oásis, uma sala que foi reformada. Eu não iria citar, mas já está aqui no site! Gastaram aproximadamente 3 mil e 700 reais para fazer um fumódromo! Tem estofado, tem uma parede com pátina, quer dizer, é um oásis dentro do Instituto de Educação.

Então a questão é gestão! Eu tenho dito há muito tempo que não faltam recursos para a área da Educação; falta competência para administrá-los! E, se nós formos até a Escola Estadual Dom Diogo de Souza, nós vamos ver que a mesma Escola Estadual que em 1994 ficou em dia, assim como ficou o Instituto de Educação quando nós saímos do Governo, se manteve. É questão de gestão, de gestão de quem está lá na escola. E aí nós vamos deixar clara a nossa responsabilidade de Comissão de Educação.

Professora Margarete Moraes – a Professora Sofia era a segunda vez que ia -, sabe que a outra vez que a Câmara foi até lá esqueceram de mim? Eu estava aqui dentro, pedi que o Gabinete da Celeste me avisasse, e, quando me avisaram, eu desci e elas já tinham ido embora, me deixaram. Esqueceram de mim! Primeira vez que esqueceram, mas foi muito bom – não é, Todeschini? -, porque hoje elas disseram o seguinte: “Não queremos mais que venham aqui fazer visitas, tirar fotografias, trazer televisão e não dar solução nenhuma; não queremos mais essas visitas assim!” Era a primeira vez que eu ia; eu peguei o telefone e liguei imediatamente para o Pascoal, Assessor do Prefeito, e agora de tarde já estão lá podando as árvores!

Mas o que tem de ficar registrado é que essas crianças que estão lá dentro estão sendo terrivelmente prejudicadas, porque estão forjando nelas um espírito de revolta. E o que nós temos que ter, isso sim, é o espírito de compreensão e dar estímulo para que essas crianças tenham esperança de um futuro melhor.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidenta Maristela Meneghetti; Vereadoras e Vereadores, está hoje, em 2ª Sessão de Pauta, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa, que altera os limites da Subunidade 01 da Unidade de Estruturação Urbana 022 da Macrozona 02. Muitos Vereadores vão dizer: “Puxa, mas nós temos uma combinação aqui de que não iríamos analisar Projetos do Plano Diretor, porque estamos revisando, justamente o Plano Diretor”. Mas, por informações que nós temos de técnicos, a revisão alcançará a Macrozona 01 e as Áreas de Interesse Cultural, ou seja, a Macrozona 02 não vamos revisar agora. Então, o Ver. Newton Braga Rosa coloca esse Projeto visando que o Plano Diretor permita que na Macrozona 02 possamos ter um parque industrial tecnológico. Ontem, eu participei de um programa de televisão e o locutor me perguntou: qual é a vocação de Porto Alegre? A vocação de Porto Alegre são serviços e alta tecnologia.

Finalmente, nós temos alguém aqui, na Câmara, que está pensando em alta tecnologia: tecnologia fina, tecnologia limpa, tecnologia da informação. Que coisa boa! Então, nós, em Porto Alegre, temos diversas dificuldades, especialmente motivadas pela falta de emprego. Isso significa o quê? Falta de desenvolvimento! Esta Cidade está adormecida por falta de desenvolvimento. São muitas as entidades empresariais que lutam pelo desenvolvimento da nossa Capital, em especial a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul. Mas Porto Alegre não está vocacionada para as grandes indústrias, a chamada indústria da chaminé, mas está vocacionada para a indústria da alta tecnologia. Então, esta Casa recebe esse Projeto que vai gerar tecnologia avançada, emprego e renda num patamar importante e que vem incentivar o nosso desenvolvimento.

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, muito obrigado pelo aparte. Eu quero crer que a revisão do Plano Diretor não pode estar adistrita à Macrozona 01 apenas. Se for isso, há um grande equívoco, porque eu acho que a Cidade está a demandar em várias outras regiões; adaptações de o que deu certo, de o que não deu certo. O Extremo Sul é um exemplo disso, onde os loteamentos irregulares campeiam. Não dá para revisar o Plano Diretor só tratando de altura, isso é um equívoco; nós temos que tratar da floresta, não da árvore.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Essa é a informação que eu tenho. Eu estive, hoje, numa apresentação do Secretário José Fortunati, e, por informações técnicas, essa é a informação.

 

O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Rapidamente, eu queria dizer que, pelo CD que o Secretário de Planejamento nos entregou, depois da vinda dele aqui, a proposta que está sendo apresentada à Cidade se refere apenas à Macrozona 01 e às Áreas de Interesse Cultural, só.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Exatamente. Então, eu queria louvar a iniciativa do Ver. Newton Braga Rosa, que vem com pensamento para o futuro, mas o nosso futuro é amanhã, não é de longo prazo. Recentemente, uma grande empresa de software internacional quis se instalar aqui em Porto Alegre, mas não encontrou mão-de-obra, não encontrou prédio, um pavilhão que lhe permitisse se instalar. O Ver. Newton Braga Rosa informou que visitaram 98 prédios, desses, aproximadamente 70%, 80%, não tinham condições de ter habite-se. Então, não tendo infra-estrutura para isso, criou-se a possibilidade de ter um pólo tecnológico, um parque industrial de tecnologia avançada, defronte ao nosso aeroporto. Portanto, vamos criar condições importantes para o desenvolvimento e para o bem comum da nossa Cidade. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; inicio agradecendo ao meu colega Ver. Adeli Sell e ao colega Ver. Bins Ely pela desistência no período de Pauta, pois, hoje, é a última Sessão em Pauta do Substitutivo nº 01, de autoria dos Vereadores Carlos Comasseto e Maristela Meneghetti, ao PLL n.º 163/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol.

A essência do Substitutivo que nós apresentamos é que institui o Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Popular. E aqui, Ver. Todeschini, eu quero registrar qual é a diferença essencial do Projeto do Ver. Pujol e o Substitutivo que eu e a colega Meneghetti estamos apresentando. O Ver. Reginaldo Pujol apresentou um Projeto que dava subsídios ou isenção de impostos para as empresas da construção civil, de uma maneira geral, desde que fossem projetos para a habitação popular: ISSQN, ITBI, IPTU, no período em que está transcorrendo o projeto. Nós mudamos o enfoque. Estamos dizendo que concordamos, sim, com a isenção desde que esse recurso seja revertido para um programa de habitação popular. Então, nós estamos propondo esse programa de habitação popular, Ver. Nereu D’Avila, para destinar os recursos que são os impostos. Eu vou dar um exemplo, aqui: muitas cidades da Região Metropolitana que já adotaram essa legislação e elas conseguem atrair, por exemplo, o PAR – Programa de Arrendamento Residencial -, porque, no cálculo, cada projeto desses tem uma verba já destinada com um tamanho fixo para aquela construção da habitação popular. Normalmente, o terreno em Porto Alegre é um pouco mais caro do que nas cidades do Interior. Bom, mas a conta é a mesma, o valor é o mesmo. Aqui, em Porto Alegre, a atual Administração - esse é um programa novo - não tem conseguido desenvolver esses projetos com a grandeza com que deveria. Independentemente das questões de gestão, que têm problemas por não conseguir captar esses projetos, nós estamos construindo uma política para o Município no que diz respeito a canalizar os recursos do Governo Federal, recursos para habitação, para Porto Alegre. Isso tem uma contrapartida: de o valor referente aos impostos que seriam pagos por aquele terreno, pelo serviço desenvolvido, pelas taxas de licenciamento ser revertido para o Programa de Habitação Popular. Já estamos dialogando com o colega Ver. Guilherme Barbosa para construirmos uma Emenda no sentido de canalizar isso para o fundo que nós estamos criando: o Fundo Municipal para Habitação Popular. Por força de Lei Federal, o Governo do Município assinou, em fevereiro, Protocolo de Intenções com o Governo Federal criando o Fundo Municipal de Habitação Popular, só que esse Fundo tem que ser criado por lei. Nós estamos também oferecendo, em um dos artigos, a criação desse Fundo.

Eu agradeço o tempo cedido pelo companheiro Adeli Sell e pelo colega Márcio Bins Ely e quero dizer a todos os colegas Vereadores e Vereadoras que aceitamos sugestões, queremos discutir a matéria. Inclusive aqueles pontos que acharem que são polêmicos, também, e queremos dirimir dúvidas, antes de o Projeto passar pelas Comissões. Aceitamos sugestões de Emendas para que esse Projeto flua no sentido de que Porto Alegre possa potencializar isso, e nós possamos resolver, Ver. João Antonio Dib, o déficit habitacional para habitação popular de um a cinco salários mínimos. Hoje está em torno de 50 mil habitações o déficit em Porto Alegre; se nós pegarmos de um a cinco salários mínimos, ficará em torno de 35 a 40 mil. É imensa a carência que tem Porto Alegre na área da Habitação popular, e este Projeto vem para contribuir. Então, estamos oferecendo aos colegas Vereadores e Vereadoras, Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, o Projeto para a construção de casas, para debatermos, e, se possível, ainda colocarmos em votação neste ano. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Está encerrado o período de Pauta.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Verª Presidenta, companheira Maria Celeste; Verª Vice-Presidenta, Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu queria agradecer aqui pela referência da Verª Neuza Canabarro, até porque a fala da Vereadora nos oportuniza a dialogarmos com o nosso público, através do Canal 16, que também está nos assistindo, sobre o papel do Parlamentar.

Nós, hoje de manhã, estivemos representados, no Instituto de Educação, pela nossa Presidenta, no momento, em exercício, a Verª Sofia Cavedon, que é Vice-Presidenta da Comissão, bem como pela Verª Neuza Canabarro. E eu estava representando, na Assembléia Legislativa, nesse mesmo horário, a Frente Parlamentar desta Casa com a reabertura dos trabalhos em nível de Estado. Lá, o Dep. Miki Breier está agora coordenando essa área, e, com muito orgulho, eu estava representando esta Casa. A Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente foi muito proveitosa, porque lá nós tivemos vários setores da área da infância e da adolescência, e, com certeza, esta Casa vai ter muito, por ser a Capital do Estado, a contribuir e ajudar.

E é bom também que a população saiba que ainda bem que os nossos trabalhos não terminam dentro do Parlamento. Nós temos a obrigação de estar atuando fora do Parlamento, para além dos nossos mandatos, representando esta Casa e articulando os projetos e as questões pertinentes que cada um aqui está imbuído de fazer, como também fazendo essa articulação com a sociedade.

Às 14 horas, estivemos no 1º Batalhão da Brigada Militar, na Av. Praia de Belas, nº 800, Ver. Adeli Sell, com o Major Freitas e com o Major Justi, junto com a Comissão de Moradores do Centro, bem como com representantes do INCRA e do Ministério da Fazenda. Estávamos lá relatando - levamos quase duas mil assinaturas - sobre o problema de falta de segurança nos arredores do Centro e também desta Região.

Fomos muito bem recebidos. Verª Maria Celeste, um abraço do Comandante. E nós, depois de todo o episódio que tivemos aqui, fomos recebidos de uma forma muito elegante e respeitosa. Então, quero fazer este registro, porque acho que é de bom-tom, e é assim que as instituições procedem e têm de se relacionar.

Após, ainda passamos aqui, na assembléia dos municipários, com aproximadamente dois mil municipários, onde quase todas as autarquias ali representadas estavam lutando contra o avanço da terceirização, a privatização especial do DMLU, a perseguição política partidária existente hoje em vários segmentos e o desmantelamento das políticas sociais e estruturais no Município de Porto Alegre. Saíram em marcha os municipários para irem até o Largo da Prefeitura e, lá, entregar as reivindicações para o Prefeito Municipal, após essa assembléia.

E eu, sinceramente, espero que esse tipo de prática que nós temos vivenciado nesta Cidade, ou se já aconteceu, que nunca mais a população desta Cidade faça levar até o Executivo Municipal gestões e organizações partidárias que não tenham compromisso com a Cidade, compromisso com uma ética, com uma postura que possa dignificar o povo da cidade de Porto Alegre. É dessa forma que nos colocamos junto aos municipários para restabelecermos e, juntos, também criarmos uma rearticulação na requalificação de um desmanche total e completo de uma Cidade que está, realmente, abandonada.

Nós estamos aí para construir uma alternativa para que no ano que vem nós possamos, com dignidade, trazer de volta a esta Cidade princípios justos, para que nós possamos todos ganhar.

Muito obrigada, Srª Presidenta, era isso o que eu tinha no momento, como Liderança do Partido Socialista Brasileiro.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; eu sou um brasileiro que diz sempre que amanhã há de ser melhor do que hoje, mas, de repente, passo a duvidar de mim mesmo: será que amanhã vai ser melhor do que hoje?

Eu vou ler duas notícias, uma do dia 14 de março, do jornal O Sul, coluna do jornalista Políbio Braga. Diz ele (Lê.): “Pesquisas realizadas pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, revela que o Partido lidera, na avaliação dos entrevistados, o ranking entre as legendas que abrigam o maior número de políticos corruptos. A opinião é compartilhada por 30% das pessoas ouvidas. Em segundo lugar aparece o grupo dos que não sabem, com 21%, e em terceiro lugar os que responderam “todos”, informa a Agência Estado. As entrevistas foram realizadas entre 24 e 27 de novembro do ano passado. O Partido já havia liderado esse incômodo ranking em levantamento feito em março do ano passado, quando foi apontado por 27%” - cresceu para 30% - “dos entrevistados. Analistas da Fundação apontam os escândalos do mensalão e do dossiê Vedoin como responsáveis pelo alto índice registrado. Segundo o Ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, as associações do PT à corrupção são transitórias e devem desaparecer nos próximos dois ou três anos do Governo Lula. ‘É sabido que o Partido que está no Governo é sempre mais alvo das denúncias.’” - É verdade - ,observa Tarso. Mas ele ressalva que os resultados recomendam reflexão. “Se acharmos que, porque o governo deu as respostas, o PT está absolvido, será um equívoco”, disse o Ministro à Agência Estado.

Hoje, a imprensa noticia que o Presidente Lula cria mais uma Secretaria com ares de Ministério, e, para este ele chama um Professor, renomado, sem dúvida nenhuma, que está, há 30 anos, na Universidade de Boston, Mangabeira Unger. Eu vou ler o que esse novo Ministro do Presidente Lula, que é do PT, e, segundo a pesquisa, tem 30% do povo brasileiro entendendo que a corrupção está lá, diz. Eu vou ler o que o Ministro Mangabeira Unger diz do Presidente da República (Lê.): “Folha de São Paulo, 21 de setembro de 2004. A expressão do descalabro que nos aflige está na figura do Presidente, avesso ao trabalho, entregue a viagens e falações, e embriagado com as prerrogativas e os prazeres do palácio”. O que ele disse a respeito de Lula no dia 15 de novembro de 2005 (Lê.): “Afirmo que o Governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor aos seus desmandos”. E diz o Senador Marcelo Crivella (Lê.): “Mangabeira é muito querido no Governo”. Mas que coisa séria! Como é que eu vou ser otimista, como é que eu vou continuar dizendo que amanhã vai ser melhor do que hoje, quando o Governo chama para o seu meio alguém que o chamou de “o mais corrupto da história nacional”. Só que o Lula não perde para o Sarney. O Sarney foi muito pior. O Sarney é muito pior do que o Lula.

Mas eu não posso entender, eu não posso ser otimista, se os que chamam o Presidente de corrupto, estão sendo convidados pelo Presidente para serem seus ministros. É muito difícil, mas eu continuo otimista.

Tenho certeza, Srª Presidenta Maria Celeste, de que amanhã há de ser melhor do que hoje. Saúde e PAZ! Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. João Dib, vou passar às mãos de V. Exª uma pesquisa que diz o seguinte: quinta-feira, 19 de abril: “O Partido dos Trabalhadores é o Partido de maior confiança dos brasileiros”. Só V. Exª que desconhece!

Como V. Exª, também, é impressionante, esqueceu de Paulo Maluf e Janene. Não existe. V. Exª está no limbo, no Rio Grande do Sul. Afinal de contas, o Mampituba tem algo fenomenal, o Mampituba consegue ser não apenas a divisão entre o Rio Grande do Sul e o resto do País, mas entre o seu Partido aqui, e o seu Partido lá. Devagar com o andor! Mas vamos falar das coisas daqui.

Mais uma vez, e este não é o Jornal do Partido dos Trabalhadores; este é o Diário Gaúcho: “Prefeitura não aplica o planejado no social”. E daí? A prioridade era essa?

Afinal de contas, isso aqui, também, não é um panfleto da Bancada do Partido dos Trabalhadores. É do jornal Zero Hora.

Eis a foto do jornal Zero Hora (Mostra a foto.) com as pessoas dormindo ao relento. E, aqui, está a explicação (Mostra o jornal.)

A Prefeitura não aplica o que diz, ou melhor, a Prefeitura tenta só nos aplicar, aplicar histórias. Ontem era o Dia da Literatura Infantil, mas uma literatura de qualidade, Verª Margarete Moraes, mas nós sabemos também que tem aquelas subliteraturas, e nós estamos falando de subliteratura, e uma delas é esta aqui (Mostra documento.). Esta aqui é sub, sub, subliteratura, este aqui é um documento da SMOV, está o timbre da SMOV, aqui, está o timbre da Prefeitura, mas tem a assinatura do Ver. Maurício Dziedricki. Mas o Ver. Maurício Dziedricki não está afastado da Casa, em Licença? Mas assina como Vereador em um material da SMOV. O art. 37 da Constituição Federal é muito claro (Lê.): “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” Onde está a impessoalidade? Pois estamos avisando - falo em nome dos nove Vereadores da Bancada do PT, como seu Líder -, que nós vamos entrar na Justiça; nós vamos mostrar que isso aqui não é correto, que isso aqui afronta a Constituição. Não é a primeira vez, Ver. João Dib, V. Exª foi Prefeito, sabe que isso aqui não pode ser feito com dinheiro público.

Mas tem mais, tem mais, aqui o Secretário Herr Beto Moesch, em mais uma das suas trapalhadas, não aprendeu ainda. Temos dois agrônomos aqui que podem ensinar, espero que mandem um e-mail para o Secretário, e que expliquem para ele que a gente pode fazer um planejamento de como cortar cipó, porque os índios sabem que ele brota depois, porque eles nunca vão cortar a touceira.

Mas tem mais, tem mais, tem mais, a revista Voto (Mostra a revista.) está aqui o desconhecido, “mateando”, mas desconhecido, esta é a realidade de Porto Alegre. Antes eu levantei aqui na minha fala a questão das horas extras pagas para servidores em Cargos de Confiança. Ninguém me respondeu, ou melhor, faça-se justiça, o Ver. Besson tentou, mas recuou, e ninguém explica esta questão dos 40 mil reais em horas extras pagos para o Dr. Martins. Se não for verdade, eu vou cobrar de quem me trouxe esta denúncia. Os CCs da Prefeitura são hoje engordados por horas extras, por isso que nós tivemos uma assembléia de mais de mil servidores que foram encaminhados para o Centro da Cidade. Ninguém agüenta autoritarismo e incompetência juntos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a minha amiga, Verª Neuza Canabarro, com toda certeza foi uma das melhores Secretárias da Educação que passou pelo Governo do Estado. Eu tive a oportunidade de ir até a Restinga com a então Secretária Verª Neuza Canabarro quando o PT era Governo aqui nesta Cidade. Nós vimos lá na Restinga, em uma das maiores escolas da Restinga, Lidovino Fanton, uma coisa absurda que a Verª Neuza trouxe de volta, hoje, aqui, nesta tribuna. Lá naquela escola, naquela época, um local que servia para os dentistas atenderem as crianças carentes daquela região tinha sido transformado em um “fumódromo”. E nós gravamos, Verª Neuza, V. Exª se lembra que nós fomos lá com uma câmara e filmamos, gravamos? Da mesma forma eu critiquei aquele ato da Restinga, que foi propiciado numa administração petista. Eu quero dizer, Verª Neuza, que eu ajudo V. Exª na crítica, porque acredito que não podemos ter, dentro das escolas estaduais, fumódromos, enquanto as crianças estão sem condições de receber a devida educação. Errou o PT, naquela época, lá na Escola Lidovino Fanton e, também, em outras escolas, porque criava fumódromos dentro das escolas. E erra, agora, esta atual administração. A única coisa que eu faço diferença, Verª Neuza, é que ainda esta Administração está praticamente começando; tem oportunidade de fazer uma série de correções. Eu quero lembrar, não para criticar V. Exª, mas como lembrança, que o Secretário da Educação do Governo passado era do Partido de V. Exª, era, então, o ex-Vereador Fortunati. Então, esses erros vêm se somando ao longo dos tempos e eu acho que todos nós temos que ajudar. Eu sei que a crítica sempre é boa no sentido de fazer com que as coisas possam melhorar. Nós não podemos criticar, simplesmente por criticar. Nós temos que criticar para melhorar.

Verª Sofia Cavedon, o Partido de V. Exª está aqui na Revista Voto. É uma pena que o Ver. Adeli leu a Revista Voto e não leu esta parte aqui. Ver. Adeli, o déficit orçamentário do Estado, quando o Governo Yeda assumiu, estava na casa de 2,5 bilhões de reais. A Governadora Yeda afirma que até o final do ano a Administração do PSDB já terá debelado parte desse déficit orçamentário e que esse déficit estaria na casa de 1,5 bilhão. Pois, na Revista Voto, diz que uma montadora de automóveis, que é o caso da General Motors, só ela, a partir do ano que vem, já vai começar a pagar impostos, porque passa essa fase em que a montadora não pagou impostos e, por isso, foi atraída para cá, para o Estado do Rio Grande do Sul, só essa montadora já vai pagar em ICM cerca de 1 bilhão e 800 milhões de reais; ela, sozinha, vai ser capaz de fazer com que o déficit fique zerado. E aí eu me lembro, Ver. Todeschini, que foi o Governo de V. Exª que impediu que a Ford pudesse ficar aqui. E a Ford geraria, com toda a certeza, tributos bem maiores do que esses que estão sendo gerados na General Motors, porque a Ford, na verdade, viria com um projeto maior para o Rio Grande do Sul, já estava se instalando com um projeto maior . E foi o PT o responsável por fazer com que a Ford saísse daqui e fosse lá pára a Bahia. Nós perdemos cerca de 2 bilhões de reais em impostos, 2 bilhões de reais em ICM graças a ação nefasta do PT na sua Administração.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A SRA PRESIDENTA (Maria Celeste): Consulto as Lideranças se há um acordo para a ordem de votação.

Suspendo a Sessão por um minuto para que se proceda ao acordo de votação.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h10min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h18min): Estão reabertos os trabalhos.

 

VOTAÇÃO

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3811/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que altera o inciso V do art. 4º da Lei Nº 9.725, de 1º de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o funcionamento das casas de jogos por computador, alterando para as 22h o horário permitido aos menores de 18 anos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 09-11-05.

 

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Estamos em processo de votação do PLL nº 184/05. Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Mario Fraga, Maristela Meneghetti e Luiz Braz, o PLL nº 184/05. (Pausa.) (Após a verificação nominal.) Nove Vereadores presentes. Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h21min.)

 

* * * * *